Violência na Terra das Maravilhas

bandidos, assassinos e corsários na obra de Marco Polo

  • Letícia S. Ferreira
  • Otávio Binato

Resumo

A Rota da Seda constituía­se numa rede de canais de comunicação entre Oriente e Ocidente, através dos quais se realizava não apenas comércio, mas também trocas culturais. Entre os viajantes ocidentais mais conhecidos está Marco Polo, mercador veneziano, que empreendeu uma viagem até a China entre 1271­1275, e ao retornar à Veneza, narrou suas experiências ao escritor Rustitchello de Pisa, dando origem ao “O Livro das Maravilhas”. A presente pesquisa vale­se deste texto a fim de analisar a violência, compreendida como uma agressão que visa à extorsão de um determinado material ou à destruição de um corpo. As passagens avaliadas dizem respeito a três grupos de atores que fazem uso da violência: assassinos, ladrões e corsários. Uma análise preliminar permite entrever uma forte influência da religião cristã nas críticas de Marco Pólo bem como a presença de uma influência da questão profissional, pois ele intensifica e endurece suas críticas ao relatar os bem sucedidos ataques a mercadores e cristãos.

Publicado
2006-09-30
Seção
Artigos livres