O ethos indígena na obra literária memorialista de Daniel Munduruku
Palavras-chave:
Ethos, Memória, Retórica, Literatura indígena.
Resumo
Sob a égide das teorias postuladas pela Retórica Clássica e pela Argumentação do Discurso reflete-se sobre a construção identitária do indígena Daniel Munduruku em sua obra memorialista “Meu vô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória” . Esse escritor adentra no universo da tradição Retórica Clássica, manejando com habilidade a exposição de suas ideias de modo a alterar conceitos pré-concebidos sobre a visibilidade dos povos indígenas pela sociedade brasileira não-índia. Munduruku evidencia uma nova configuração índia resultante da atuação do ethos prévio e do ethos mostrado, trabalhando tanto com sua “fama” quanto com a nova “pessoa” cunhada na obra e captada pelo leitor. Adotando o gênero epidictico, a construção do ethos indígena é feita de forma aparentemente inofensiva, encontrando-se oculta a sua finalidade de recriar novos valores acerca do mundo indígena no Brasil.Downloads
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Publicado
2012-12-03
Edição
Seção
Artigos
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