As orações relativas nas atas da Câmara Municipal de Ouro Preto/MG

  • CLÉZIO ROBERTO GONÇALVES Professor Doutor da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil
  • VERÔNICA BARÇANTE MACHADO Mestranda do Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos da Linguagem da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil
Palavras-chave: Orações relativas, Audiências públicas, Câmara Municipal de Ouro Preto

Resumo

Este trabalho se propõe a fazer um levantamento quantitativo das orações relativas nas atas das audiências públicas da Câmara Municipal de Ouro Preto, Minas Gerais. O emprego das orações relativas preposicionadas, no português do Brasil, apresenta variantes padrão e não-padrão. Os trabalhos de Mollica (1977) e Tarallo (1983) contêm dados que indicam que a variante padrão está sendo, gradativamente, substituída pelas não-padrão. Esta pesquisa foi realizada com o intuito de verificar se a conclusão dos autores procede, pois as atas pesquisadas são, pretensamente, representações da fala espontânea. Os resultados mostram que a variante não-padrão cortadora foi a mais encontrada nas atas selecionadas para esse estudo. Isto pode ser um indicativo de que, além de esse ser um fenômeno presente na fala, é possível que esteja se transferindo para a esfera escrita da língua, já que os autores das atas não transformaram as ocorrências observadas em variante padrão nos documentos analisados.

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Artigos