Análise da distinção de adjunto adnominal preposicionado e complemento nominal de substantivo: uma perspectiva cognitiva

  • Adriana Maria Tenuta de Azevedo Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.
  • Anya Karina Campos D' Almeida e Pinho Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Palavras-chave: Complemento Nominal de substantivos, Adjunto Nominal preposicionado, Semântica de Frames, Teoria da Mesclagem.

Resumo

Este artigo apresenta uma investigação acerca da existência de motivações cognitivas para se distinguirem adjuntos adnominais preposicionados (AA) de complementos nominais de substantivos (CN). O estudo proposto por gramáticas normativas (GNs) e gramáticas descritivas (GDs) sobre CN e AA permite três generalizações: a) CNs e  AAs podem se ligar a substantivos que indicam ação, sendo que o termo em questão será CN quando for paciente da ação expressa pelo substantivo e AA quando for agente; b) CNs não se ligam a substantivos concretos; c) todos os sintagmas com a forma "de + X" ligados a um substantivo serão pós-modificadores desse substantivo. Propõe-se aqui  a verificação da validade dessas generalizações por meio da Semântica de Frames, de Fillmore (1975), e da Teoria da Mesclagem, de Fauconnier e Turner (1995, 1998), analisando-se o tipo de mescla formada pela união entre substantivos (concretos e indicadores de ação) e o termo X. 

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Biografia do Autor

Adriana Maria Tenuta de Azevedo, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.
Professora da Faculdade de Letras da UFMG.
Anya Karina Campos D' Almeida e Pinho, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Mestre e doutoranda em Linguística Teórica e Descritiva pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde sou professora voluntária de Gramática Tradicional.

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Publicado
2016-12-31
Seção
Artigos - Fluxo contínuo