Pelos caminhos das áreas dialetais e lexicais do Brasil
Resumo
Este artigo apresenta um estudo sobre áreas dialetais brasileiras, levando em consideração a proposta de Nascentes (1953). Assim, visa-se a analisar alguns trabalhos que examinaram áreas dialetais brasileiras, com o fito de confirmar e/ou refutar o mapa dialetal de 1953. Para tanto, utiliza-se as pesquisas com base em dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB, e busca-se, também, trazer à tona a importância desse projeto nacional para a descrição da realidade linguística brasileira, no que tange à língua falada e para um novo e atual contorno dialetal. A metodologia utilizada consistiu na realização de etapas: a) seleção e leitura dos textos; b) formação do corpus; c) análise do corpus; e d) elaboração de algumas considerações. A análise possibilitou trazer notícias sobre a configuração dialetal brasileira, do ponto de vista lexical. Sugere que seja feita uma nova proposição de divisão dialetal, por meio dos dados do Projeto ALiB.
Downloads
Referências
BARBADINHO NETO, Raimundo (Org.). Estudos filológicos: volume dedicado à memória de Antenor Nascentes. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2003. v. I. 748 p. ilus. (Coleção Antônio de Morais Silva, Estudos de Língua Portuguesa).
CARDOSO, Suzana Alice M. Áreas dialetais do português brasileiro: o que dizem as primeiras cartas do ALiB. In: AGUILERA, Vanderci de Andrade; DOIRON, Maranúbia Barbosa. (orgs.) Estudos Geossociolinguísticos brasileiros e europeus: uma homenagem a Michel Contini. Londrina: Eduel, 2016, p.33-48.
CARDOSO, Suzana Alice M. et al. Atlas linguístico do Brasil, v. 1 (Introdução). Londrina: EDUEL, 2014a.
CARDOSO, Suzana Alice M. et al. Atlas linguístico do Brasil, v. 2 (Cartas linguísticas). Londrina: EDUEL, 2014b.
COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB: Atlas Lingüístico do Brasil: Questionários. Londrina: UEL, 2001.
D’ANUNCIAÇÃO, Eliana Souza. Registrando o léxico dos brinquedos e brincadeiras infantis em Minas Gerais. 2016. 86f. Monografia (Graduação em Letras) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.
MOTA, Jacyra Andrade; CARDOSO, Suzana A. M. (orgs.) Documentos 2: Projeto Atlas lingüístico do Brasil. Salvador: Quarteto, 2006.
MOTA, Jacyra Andrade. Áreas dialetais brasileiras. In: Quinhentos anos de história Linguística do Brasil. CARDOSO, Suzana Alice Marcelino.; MOTA, Jacyra Andrade; MATTOS e SILVA, Rosa Virginia. (Org.) Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia, 2006. p. 319-357.
NASCENTES, Antenor. Études dialectologiques du Brésil. ORBIS - Bulletin International de Documentat ion Linguistique, Louvain , t. 2, n. 2, p. 438-444, 1953.
NASCENTES, Antenor. O linguajar carioca. 2.ed. Completamente refundida. Rio de Janeiro. Organização Simões, 1953.
NASCENTES, Antenor. Divisão dialectológica do território brasileiro. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, abr./jun, p.213-219, 1955.
OLIVEIRA, Josane Moreira de; PAIM, Marcela Moura Torres; RIBEIRO, Silvana Soares Costa. A importância do Atlas Linguístico do Brasil para o ensino de português. Revista Tabuleiro de Letras (PPGEL, Salvador, online), vol. 12; n. 03, dezembro de 2018.
PORTILHO, Danyelle Almeida Saraiva. O falar amazônico: uma análise da proposta de Nascentes (1953) a partir de dados do Projeto ALiB. 2013. 155p. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagens) – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande.
RIBEIRO, Silvana Soares Costa. Brinquedos e brincadeiras infantis na área do “Falar Baiano”. 2012. 752f. Tese (Doutorado em Letras). Universidade Federal da Bahia, Salvador.
ROMANO, Valter Pereira. Em busca de falares a partir de áreas lexicais no centro-sul do Brasil. 2015. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
SANTOS, Leandro Almeida dos. Brincando pelos caminhos do Falar Fluminense.
197f. Dissertação (Mestrado em Língua e Cultura) Universidade Federal da Bahia, Salvador
SANTOS, Graziele Ferreira da Silva. O léxico dos jogos e diversões infantis no corpus do Projeto ALiB: visitando o Falar Nordestino. 2018. 207f. Dissertação (Mestrado em Língua e Cultura) Universidade Federal da Bahia, Salvador.
TELES, Ana Regina Torres Ferreira. Cartografia e Georreferenciamento na Geolinguística: revisão e atualização das regiões dialetais e da rede de pontos para a elaboração do Atlas Linguístico do Brasil formuladas por Antenor Nascentes. 2018. 483f. Tese (Doutorado em Língua e Cultura). Universidade Federal da Bahia, Salvador.
ZÁGARI, Mário Roberto Lobo. Os Falares Mineiros: Esboço de um Atlas Lingüístico de Minas Gerais. In: Vanderci de Andrade Aguilera. (org.). A Geolingüística no Brasil - trilhas seguidas, caminhos a percorrer. 1ed. Londrina: Editora da Universidade Estadual de Londrina, 2005, v. 1, p. 45-72.
A Revista Caletroscópio deterá, por um período de três anos, os direitos autorais de todos os trabalhos aceitos para publicação: artigos, resenhas, traduções, etc. Fora essa restrição, os trabalhos estão licenciados com a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Após esse tempo, caso o autor publique o texto, ainda que sejam feitas alterações no original, solicita-se que seja incluída, em nota de rodapé, a informação de que uma versão anterior do artigo foi publicada na Revista Caletroscópio, apresentando as devidas referências.