Não reconciliados
Forma e representação em Os inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade
Resumo
A leitura de uma das mais elusivas obras-primas do cinema brasileiro moderno, esse ensaio analisa os impasses de representação em Os inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade, tendo como pontos de partida, de um lado, as tensões criadas entre o vasto arsenal de dispositivos formais que o filme mobiliza operando quase como um modelo reduzido de toda a história do cinema, de Griffith a Godard, de Eisenstein a Rosselini –,e de outro, as hesitações em torno da construção da personagem de Tiradentes, cujo status heroico é ao mesmo tempo celebrado e desfigurado pela miseen-scène de Joaquim Pedro. Discutir o complexo choque de significados que essa aposta deflagra, explorando algumas das implicações estéticas e políticas desse jogo de báscula, é o principal propósito deste artigo.
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Referências
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