Caletroscópio https://periodicos.ufop.br/caletroscopio <p style="text-align: justify;">ISSN: 2318-4574<br>O Periódico tem como objetivo promover e divulgar pesquisas no âmbito da linguagem em geral e, mais especificamente, nas áreas dos estudos linguísticos e literários e linguística aplicada, em suas interfaces com abordagens da memória cultural, da tradução e das práticas discursivas.<br>Publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos da Linguagem (PosLetras) do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).<br>Periodicidade semestral.</p> pt-BR <p>A <em>Revista Caletroscópio</em> deterá, por um período de três anos, os direitos autorais de todos os trabalhos aceitos para publicação: artigos, resenhas, traduções, etc. Fora essa restrição, os trabalhos estão licenciados com a&nbsp;Licença&nbsp;<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional</a>.</p> <p>Após esse tempo, caso o autor publique o texto, ainda que sejam feitas alterações no original, solicita-se que seja incluída, em nota de rodapé, a informação de que uma versão anterior do artigo foi publicada na <em>Revista Caletroscópio</em>, apresentando as devidas referências.</p> caletroscopio@ufop.edu.br (Profª Carolina Anglada e Profª Rómina Laranjeira) periodicos.sisbin@ufop.edu.br (Portal de Periódicos da UFOP) Qui, 25 Jul 2024 17:45:52 -0300 OJS 3.1.2.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 EDITORIAL https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7510 Mônica Gama, Dayane de Oliveira Gonçalves Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7510 Qui, 25 Jul 2024 14:06:22 -0300 A representificação do ausente em O corpo interminável, de Claudia Lage https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7136 <p>O objetivo deste trabalho é analisar a “representificação do ausente” (Catroga, 2009) no romance <em>O corpo interminável</em>, de Claudia Lage (2019). A hipótese principal é a existência de uma força compressiva que age sobre o protagonista originando uma tensão entre corpo ausente e corpo desejado. O passado recente do Brasil também é revisitado pela ficção que, estrategicamente, reencarna vozes anônimas, recupera o silêncio dos desaparecidos políticos e oferece-lhes um espaço para testemunharem. Tem-se um romance no qual o estético e o ético abrem espaço para uma reflexão sobre uma história forçadamente conclusa. Faz-se, pela via da literatura, uma crítica não apenas aos discursos oficiais da história, mas também aos dispositivos constitutivos da memória coletiva que ignora os traumas deixados pela violência de Estado. Nesse sentido, <em>O corpo interminável</em> estabelece um “diálogo com os signos da ausência” (Catroga, 2009) e converte-se em testemunho daqueles que não sobreviveram à violência de Estado.</p> Rosicley Andrade Coimbra Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7136 Qui, 25 Jul 2024 13:52:08 -0300 "Vítima do infecundo" versus "una mujer empoderada" https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7126 <p>Este artigo apresenta uma investigação acerca da representação feminina na sociedade espanhola do século XX. Sob um estudo qualitativo, analisaram-se a obra teatral <em>Yerma</em> (1993), de Federico García Lorca, e o romance <em>La Madre de Frankenstein</em> (2020), de Almudena Grandes. À luz da Literatura Comparada, fez-se um apanhado biográfico e literário dos autores e a análise das obras a partir das personagens Yerma e Aurora Rodríguez Carballeira: a primeira, vítima de sua infertilidade; a segunda, de antigos valores opressores que a contaminaram. Apesar de se apresentarem em gerações e gêneros distintos, no período anterior e posterior à Guerra Civil na Espanha, as obras fazem alusões significativas à sexualidade das personagens, à concepção do que significa ser mulher e aos papéis da honra e função social neste contexto. Portanto, embora carregassem a invisibilidade da mulher submissa e silenciada, ambas as personagens lutaram pela liberdade contra o sistema patriarcal que as oprimia.</p> Nilza Mara Pereira, Fernanda de Paula Araújo, Luciana Ferrari Montemezzo Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7126 Qui, 25 Jul 2024 13:56:03 -0300 Entre história, ficção e intertextualidade https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7138 <p>Em <em>Sede</em> (2021), romance de Amélie Nothomb, Jesus narra seus últimos dias na Terra como alguém que partilha de sensações e sentimentos humanos, mas que também é dotado de poderes sobre-humanos. Esse conjunto de atributos nos possibilitou abarcar essa personagem por um viés tanto histórico quanto ficcional, aproximando, portanto, essas vertentes. Historicamente, entrevemos um indivíduo que viveu na Galileia, por muitos seguido, e posteriormente condenado à morte. Quanto à ficcionalidade, as citações anacrônicas da personagem nos despertaram o interesse por uma análise que possibilitasse compreender os entrelaçamentos e diálogos entre tais intertextos e a narrativa principal. Assim, selecionamos três exemplos intertextuais, os quais classificamos em três eixos: literário, religioso e filosófico. Estudar a intertextualidade por esse romance nos possibilitou vislumbrar aproximações entre a história e a ficção que circundam uma personagem milenar como Jesus, fazendo-nos compreender a possibilidade de se reescrever o passado em um presente em permanente mudança e (re)construção.</p> Luciana Muniz Ribeiro, Camila Soares López Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7138 Qui, 25 Jul 2024 13:30:42 -0300 A literatura intimista frente aos dilemas do engajamento https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7178 <p>Neste artigo, analisarei duas obras da literatura brasileira bastante conhecidas por seus temas engajados, a saber, <em>Quarup</em> e <em>Pessach: a travessia</em>, ambos de 1967, muitas vezes associadas à busca pela revolução brasileira. Seus respectivos autores, Antonio Callado e Carlos Heitor Cony, notabilizaram-se no início de suas carreiras pela construção de narrativas de cunho intimista e psicológico. Em meados da década de 1960, porém, incorporaram a essa dicção temas prezados por setores da esquerda revolucionária, como o recurso à luta armada. É possível que tenham feito essas novas escolhas estéticas embalados tanto pelos deslocamentos análogos que experimentaram no campo jornalístico após o golpe de 1964, quanto por pressões de um público consumidor de arte engajada que vinha se formando havia alguns anos. Dessa forma, talvez seja possível compreender os referidos livros como representações ficcionais de encruzilhadas com as quais se deparavam grupos de esquerda no Brasil naquele período, e não como prescrições de fórmulas revolucionárias.mulas revolucionárias.</p> Jefferson Queler Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7178 Qui, 25 Jul 2024 13:26:43 -0300 Romance histórico ou história romanceada? https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7352 <p><em>Mariana</em> (1932), quinto livro do escritor mineiro Augusto de Lima Júnior, narra um momento de relevância histórica da primeira cidade de Minas Gerais, marcado por transformações em algumas de suas tradições religiosas e sociais, o que impacta diretamente a trajetória ficcional do protagonista da obra, Eugênio Harden. A trama se passa dez anos antes de sua publicação, em 1922, e apresenta vários elementos que podem ser discutidos em suas páginas no que tange às relações entre história e literatura. Nesse sentido, a partir das discussões de Mikhail Bakhtin (1998) sobre a teoria do romance e de Georgy Lukács (2011) sobre o romance histórico, este artigo tem como objetivo problematizar as relações entre história e literatura presentes na obra <em>Mariana</em>, além de analisar se ela pode ou não ser definida como um romance histórico.</p> Tatiana Gonçalves Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7352 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Tradução, história e ideologia no romance Mapocho, de Nona Fernández https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7132 <p>Este ensaio problematiza a tarefa tradutória de um trecho do romance <em>Mapocho </em>(2002), de Nona Fernández, articulando história, ficção e verdade. Parte-se do pressuposto de que, além dos desafios relacionados ao léxico, a valores semânticos e sintáticos, é essencial explorar componentes ideológicos, considerando que o romance se apresenta como releitura da história, e propõe uma nova interpretação do registro oficial. Assinala-se que o posicionamento ético integra o exercício da tradução, refletindo a complexidade humana, na perspectiva de que os usos da linguagem são resultado de saberes e valores forjados em experiências privadas e sociais, hierárquicas, institucionais e de poder. A discussão toma como referência as formulações de Benjamin (2008), Gagnebin (1998; 2013) e Sarlo (2007), entre outros. Infere-se que a tradução deve oferecer ao leitor ferramentas para interpretar o real que o original quer transmitir, sem interferências que transformem sobremaneira o texto-fonte.</p> Valéria Gomes Ignácio da Silva Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7132 Qua, 24 Jul 2024 00:00:00 -0300 O reencantamento do mundo e o campo expandido na literatura https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7400 <p>Este artigo busca dialogar com a teoria de ‘campo expandido’ da literatura, defendido pela professora argentina Florencia Garramuño em sua obra <em>A Experiência Opaca: </em><em>literatura e desencanto</em> (2012). Para isso, trabalha-se com o conto indígena do povo Mebengôkré Kayapó conhecido como “Amor originário”, narrado pelos contadores de histórias indígenas Aline Ngrenhtabare L. Kayapó e Edson Kayapó. Procura-se refletir como o conto indígena mobiliza o seu leitor para a imaginação, para o mundo, além de despertá-lo para outros sentidos como escutar a escrita. Para Garramuño (2012) o campo expandido relaciona-se com a “euxistenciateca do real”, segundo a qual é possível observar a experiência humana fragmentada e arquivada de maneira descontínua. Nesse sentido, o campo expandido na literatura atua como um espaço dinâmico e em constante evolução, segundo a qual a interpretação e a reinterpretação são essenciais para a compreensão da complexidade da vida e da expressão artística. Eis aí o reencantamento do mundo; pensar nessa literatura movente, que não trabalha sempre com as mesmas molduras e que pode expandir seu próprio conceito mobilizando seu leitor para o som, para o ouvir, movendo-o para lugares e devires. Modula-se a análise do conto observando como a narrativa se move lentamente, ou seja, o que se desdobra, se alonga, sussurra, também ecoando e vibrando no silêncio.</p> Beatriz Cristina Peixoto Francisco Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7400 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Índio de papel, papéis indígenas https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7080 <p style="font-weight: 400;">O ensaio apresenta breve revisão sobre o desenvolvimento da literatura indígena em língua portuguesa no território do Brasil. A apresentação é precedida por uma introdução com comentários generalistas sobre a produção de literatura indianista entre os séculos XVI e XIX, sendo concluído o ensaio com uma síntese sobre o que pode ser compreendido como uma teoria indígena que está em amadurecimento no Brasil.</p> Jefferson Virgilio Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7080 Qui, 25 Jul 2024 14:00:01 -0300 Os espectros de Erico Verissimo https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7402 <p>Este artigo propõe, a partir dos conceitos e noções apresentadas por Aníbal Quijano e Enrique Dussel, uma leitura decolonial do elemento fantástico presente em<em> Incidente em Antares</em>, obra publicada por Erico Verissimo em 1971. A partir da análise do levante dos mortos descrito na obra, com base na espectrologia de Jacques Derrida, apresenta-se uma possibilidade e interpretação da narrativa que entende a presença da Ditadura Militar como uma forma de sintoma da experiência colonial. Com isso, buscou-se reafirmar a ideia de que a manutenção do colonialismo se dá pela presença de espectros que encarnam a figura dos senhores de escravos que conservam o poder político dentro das fronteiras do eurocentrismo. Assim, proponho um exercício político de revisitação do passado por meio do espaço da ficção, no qual podemos reelaborar nossas experiências, a fim de contribuir para os estudos da crítica literária decolonial e dos estudos anticoloniais como um todo.</p> Clara Lua de Oliveira Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7402 Qui, 25 Jul 2024 13:41:19 -0300 Não reconciliados https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7418 <p>A leitura de uma das mais elusivas obras-primas do cinema brasileiro moderno, esse ensaio analisa os impasses de representação em <em>Os inconfidentes </em>(1972), de Joaquim Pedro de Andrade, tendo como pontos de partida, de um lado, as tensões criadas entre o vasto arsenal de dispositivos formais que o filme mobiliza operando quase como um modelo reduzido de toda a história do cinema, de Griffith a Godard, de Eisenstein a Rosselini –,e de outro, as hesitações em torno da construção da personagem de Tiradentes, cujo status heroico é ao mesmo tempo celebrado e desfigurado pela <em>mise</em><em>en-scène</em> de Joaquim Pedro. Discutir o complexo choque de significados que essa aposta deflagra, explorando algumas das implicações estéticas e políticas desse jogo de báscula, é o principal propósito deste artigo.</p> Emilio Maciel Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7418 Qui, 25 Jul 2024 12:55:16 -0300 Corpo e acontecimento em Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7137 <p>Se considerarmos a escritura de Clarisse Lispector como uma singularidade (logo, como uma multiplicidade), podemos pensá-la por meio de um universo de conceitos. Escolhemos dois em meio a estes – o corpo e o acontecimento – que dialogam entre si e com outros, formando uma rede conceitual, e nos auxiliam no exercício de nossa leitura a respeito de <em>Perto do coração selvagem</em>. Diante disso, compomos o nosso escrito por meio de três movimentos: o da potência dos acontecimentos, o da negação/afirmação do animal perfeito e uma cartografia das sensações. Assim, acreditamos que é possível nos aproximar da escritura de Clarice e, em especial, entrever como o corpo é atravessado sem cessar por devires e tesões que engendram suas trajetórias.</p> Pedro Henrique Rodrigues da Silva Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7137 Qui, 25 Jul 2024 13:49:12 -0300 O ritual da escrita fantástica e alquímica em O pirotécnico Zacarias, de Murilo Rubião https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7140 <p>Este trabalho tem por objetivo investigar como o ritual da escrita fantástica e alquímica acontece no conto “O pirotécnico Zacarias”, de Murilo Rubião. Pretendemos, assim, desenvolver uma análise em que as modificações do fantástico no texto tornam-se peripécias estratégicas. Logo, o título do livro reafirma a arte e ritual da escrita, pois os contos de Rubião, conforme a pirotecnia, a arte da magia, é resgatada da “paralisia do branco”: desdobrando-se no “devaneio do arco-íris”. Nesse processo pictórico é que está imbuído o caráter sublime e fantástico da narrativa, uma vez que a alquimia junguiana será o método-teórico utilizado, a fim de identificar a semântica das cores na literatura fantástica, e esta, sendo uma metamorfose literária na qual o narrador se converte na própria imagem do artista. Para tanto, utilizaremos autores como Arnold Van Gennep (2011), Carl Gustav Jung (1988; 2007), Mircea Eliade (1992), Tzvetan Todorov (2014), dentre outros.</p> Rodrigo Felipe Veloso Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7140 Qui, 25 Jul 2024 13:05:24 -0300 Apresentação: Civilização negra da diáspora https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7467 <p>Texto de apresentação do artigo "Civilisation noire de la diaspora", publicado por Maryse Condé na revista Présence Africaine, de 1975.</p> Viviane Araújo Alves da Costa Pereira Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7467 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Civilização negra da diáspora https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7513 <p>Artigo "Civilisation noire de la diaspora", publicado por Maryse Condé na revista Présence Africaine, de 1975.</p> Viviane Araújo Alves da Costa Pereira; Maryse Condé Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7513 Qui, 25 Jul 2024 16:54:25 -0300 Onde Literatura e Memória se encontram https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7495 <p>Este artigo explora a relação multifacetada entre literatura e memória. Inicia abordando o conceito de "memória da literatura", discutindo intertextualidade, história dos gêneros e historiografia literária. Em seguida, aprofunda-se nos modelos miméticos de memória e literatura, discutindo como a literatura cria e enriquece a realidade através de processos dinâmicos. Baseando-se no conceito de mimesis de Ricoeur, o artigo diferencia entre referências extra-literárias, representações textuais e a formação de memórias individuais e coletivas. A obra de Marcel Proust é destacada como um exemplo crucial de representação da memória literária. O artigo também discute a relação intrincada entre literatura e memória coletiva, considerando a interação histórica e o papel evolutivo da literatura como um medium para a memória cultural coletiva. Finalmente, o texto propõe direções para pesquisas futuras, enfatizando o diálogo interdisciplinar e a integração de estudos tradicionais e contemporâneos sobre a memória para aprofundar a compreensão do papel da literatura nas culturas da memória.</p> Astrid Erll, Ansgar Nünning; Simone Garcia de Oliveira Copyright (c) 2024 Caletroscópio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufop.br/caletroscopio/article/view/7495 Qui, 25 Jul 2024 09:40:41 -0300