Sobre a universalidade do gosto na Crítica do Juízo

  • Luiz Goular
Palavras-chave: Beleza, universalidade, finalidade, “sensus communis”

Resumo

Este artigo analisa o vínculo entre ética e estética na perspectiva da Crítica do Juízo. Procuramos demonstrar que Kant, nesta terceira Crítica, ao tentar resolver um problema de sistematização de sua filosofia, propõe o gosto reflexivo como um tipo de juízo que reivindicaria universalidade. Desenvolvemos este vínculo entre o uso prático e o uso teórico da razão principalmente a partir das noções de conformidade a fim e de senso comum, tratadas na Crítica do Juízo, sobretudo no terceiro momento da “Analítica do belo” e no parágrafo 40, denominado “Do gosto como uma espécie de Sensus Communis”. Desta forma, objetivamos perceber como este vínculo entre o mundo do fenômeno e o do supra-sensível se expressa por meio da beleza. Isto é, veremos que, para Kant, a beleza teria um poder mediador, pois no limite de uma perfeição analógica do símbolo ela se apresentaria como o elo comunicante do mundo material com o mundo espiritual e invisível.

Publicado
2008-08-31
Seção
Artigos