NIETZSCHE E O CONTRAMOVIMENTO DA ARTE

O JOGO TRANSPARENTE DA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA

  • Leonardo Mees

Resumo

O artigo enfoca a interpretação de Nietzsche da arte como contra-movimento à decadência e ao Niilismo moderno. Para Nietzsche, “o fenômeno artista é o de maior transparência” (KSA 12, p. 129), por evidenciar em sua experiência o “jogo inútil” da acumulação de forças, a “infantilidade divina em jogo”. Contra o movimento niilista que “crê nas categorias da razão” (fim, unidade e ser) e, por fim, não percebe-se “esgotado” e “doente” em suas valorações, Nietzsche propõe uma “higiene”: não agir... adiar as reações... sentir os instintos fundamentais (KSA 13, p. 279): fazer uma experiência fisiológica de contenção e aumento do poder (KSA 13, p. 296). O contra-movimento da arte segue na via desta experiência estética da vida em seu “jogo inútil”, deixando transparecer a própria força da “embriagues” valorativo-amorosa da vida.

Publicado
2008-11-30
Seção
Artigos