A formação de um cânone para o século XIX Brasileiro: a força de Machado de Assis

  • ANDRÉA SIRIHAL WERKEMA Professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Palavras-chave: História da literatura, Crítica literária, Machado de Assis, Cânone

Resumo

Trata-se de discutir as hipóteses, aparentemente óbvias, de leitura da história literária brasileira pelo viés de Machado de Assis: a instituição de um continuum, ou série literária em nossa história da literatura, já seria visível para o crítico Machado de Assis — leia-se “Instinto de nacionalidade” (1873) e “A nova geração” (1879). Isso, nem preciso dizer, tem impacto inegável sobre sua obra ficcional, nos romances e nos contos: tais hipóteses nos levariam à conclusão bastante evidente de que a mudança de rumos na ficção machadiana obedece a uma avaliação do terreno literário circundante, entre outras coisas. Dessa maneira, Machado é também responsável, para o bem e para o mal, pelo cânone oitocentista brasileiro, sobre o qual teria não só atuado conscientemente como influenciado a posteriori.

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