A ambiguidade e o fantástico em O bebê de tarlatana rosa

  • Anna Carolyna Ribeiro Cardoso
Palavras-chave: Ambiguidade, Fantástico, João do Rio, O bebê de tarlatana rosa

Resumo

RESUMO

O bebê de tarlatana rosa é um conto de 1910, escrito por João do Rio. A obra trata do encontro de Heitor de Alencar com uma pessoa fantasiada de bebê durante o Carnaval carioca. O embate é marcado pela ambiguidade, não só provocada pela festa carnavalesca, mas também pela atmosfera fantástica criada ao redor da figura do bebê. Não se sabe se o bebê é homem ou mulher, caveira de outro mundo ou pessoa deformada. O objetivo deste trabalho é analisar o conto de João do Rio, pontuando suas ambiguidades a fim de classificá-lo como pertencente à literatura fantástica brasileira. Para isso, embasa-se em A introdução à literatura fantástica de Tzevetan Todorov (2012), A máscara da morte rubra de Edgar Allan Poe (s.d.), conto que apresenta semelhanças à obra de João do Rio e A cultura popular na idade média e no renascimento de François Rabelais de Mikhail Bakhtin (1987).

PALAVRAS-CHAVE: ambiguidade; fantástico; João do Rio; O bebê de tarlatana rosa

 

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Biografia do Autor

Anna Carolyna Ribeiro Cardoso
Anna Carolyna Ribeiro Cardoso é mestra em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Concluiu a graduação em Letras: Português no ano de 2015 e atualmente cursa Letras: Inglês na mesma universidade. Seu campo de estudos é a teoria do imaginário de Gilbert Durand, aplicada à Literatura. Também se interessa pela Literatura Comparada e as relações entre cinema, história e literatura.

Referências

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Publicado
2017-12-30
Seção
Artigos - Fluxo contínuo