Cotidianos caleidoscópicos em Lobo Antunes

  • Rodrigo Ordine Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)
Palavras-chave: Cotidiano, Memória, Realidade, António Lobo Antunes.

Resumo

O presente artigo intende debater como os romances O manual dos inquisidores (1998) e A morte de Carlos Gardel (1994), do escritor português António Lobo Antunes, constroem e desenvolvem, através das personagens João e Álvaro, respectivamente, uma compreensão da realidade social onde estão inseridos por meio de um cotidiano objetivado. Essa hipótese será debatida com o auxílio de pressupostos da Teoria da Literatura e da Sociologia do Conhecimento de Peter Berger e Thomas Luckmann (1991), procurando, ainda, problematizar como os processos de memória interferem nos discursos que institucionalizam a realidade, transformando, inclusive, memórias em objetos cotidianos. 

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Referências

ANTUNES, António Lobo. O Manual dos Inquisidores. Rio de Janeiro : Rocco, 1998.

___________________. A Morte de Carlos Gardel. Lisboa, Portugal : Dom Quixote, 1994.

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade. Petrópolis, Rio de Janeiro : Vozes, 1991.

COHEN, Margaret. A Literatura Panorâmica e a Invenção dos Gêneros Cotidianos. In: CHARNEY, Leo; SCHWARTZ, Vanessa. (Orgs.) O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. p. 259-288

SARLO, Beatriz. Tempo Passado. Cultura da Memória e Guinada Subjetiva. São Paulo : Companhia das Letras; Belo Horizonte : UFMG, 2007.
Publicado
2019-07-24
Seção
Artigos - Fluxo contínuo