A MEMÓRIA COMO DISPOSITIVO DE RESISTÊNCIA: DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO ESPETÁCULO A MULHER QUE ANDAVA EM CÍRCULOS ATÉ O ENCONTRO COM O PÚBLICO

  • Éder Rodrigues Universidade Federal de Minas Gerais
  • Sara Rojo Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Este artigo concentra suas discussões em torno do processo de criação da peça A mulher que andava em círculos, produzida pelo Mayombe Grupo de Teatro. O trabalho dramatúrgico com a memória coletiva da América Latina pelo prisma de uma mulher impedida de lembrar por causa das limitações da memória é o argumento dessa peça, que passou por uma série de transformações durante os ensaios ao assumir no corpus do texto o olhar estético-político da direção e as intervenções performáticas da atriz. A linha tênue entre ficção e história, entre o esquecimento e os alardes do contexto atual compõe a tessitura da peça estruturada a partir dos ecos silenciados extraídos dos escombros “oficiais” da história. Nessa linha, trazer ao presente como um dispositivo de resistência diante dos regimes opressores tornou-se um trajeto inevitável dentro da montagem, operada justamente na fronteira do poético com as micropolíticas.

Publicado
2018-12-22
Como Citar
RODRIGUES, ÉDER; ROJO, S. A MEMÓRIA COMO DISPOSITIVO DE RESISTÊNCIA: DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO ESPETÁCULO A MULHER QUE ANDAVA EM CÍRCULOS ATÉ O ENCONTRO COM O PÚBLICO. Ephemera - Revista do Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto, v. 1, n. 1, p. 61-68, 22 dez. 2018.
Seção
Artigos