Playboy, o X da questão: Quando o estereótipo de criminalidade entra no cotidiano escolar

  • Carlos Alberto Briggs Universidade Federal Fluminense
  • João Batista de Abreu Universidade Federal Fluminense
Palavras-chave: Teorias do Jornalismo, agendamento, radiojornalismo, criminalidade, mídia, cotidiano

Resumo

Esse artigo discute a importância da teoria do agendamento na construção social da realidade e tem como foco a investigação do valor-notícia relacionado à criminalidade. O trabalho se fundamenta nas teorias do Jornalismo e na construção narrativa diante de um cotidiano violento. Como recorte foram analisadas duas reportagens produzidas pelas rádios all news BandNews FM e CBN sobre a violência no ambiente escolar no Rio de Janeiro. O objetivo é compreender as rotinas de produção noticiosa e de que forma isso afeta o público. Uma prova aplicada na terceira série do ensino fundamental de uma escola da Zona Oeste do Rio trazia uma questão que pedia aos alunos para dizer o nome completo do traficante Celso Pinheiro Pimenta, de apelido Playboy.

Palavras-chave: Teorias do Jornalismo; agendamento; radiojornalismo; criminalidade; mídia; cotidiano.

Biografia do Autor

Carlos Alberto Briggs, Universidade Federal Fluminense
Jornalista, coordenador de reportagem e produção da emissora Bandnews do Rio de Janeiro e mestrando do programa de pós-graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense
João Batista de Abreu, Universidade Federal Fluminense
Jornalista, professor titular do Departamento de Comunicação Social e do programa de pós-graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense

Referências

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Publicado
2018-12-28
Seção
Artigos