Interatividade no rádio: o novo ouvinte exige um novo locutor

Resumo

Este artigo apresenta a discussão, a partir dos resultados de um estudo de caso sobre o programa ‘Get Up’, da rádio Atlântida Joinville, de como as plataformas digitais e interativas constroem um novo perfil de locução nas emissoras de rádio na atualidade. Para buscar respostas sobre algumas questões que surgem neste cenário, o artigo discute teoricamente a convergência proposta para o futuro do rádio a partir das ferramentas de interatividade proporcionadas pelo universo digital e pelas tecnologias móveis que revolucionaram a comunicação, num conceito de rádio musical expandido trabalhado por Kischinhevsky e Benzecry (2014). Partindo do conceito de convergência proposto por Jenkins (2009) e apoiado em diversas técnicas de pesquisa, conclui-se que o futuro do rádio passa pelo padrão digital; que sua linguagem precisa ser voltada para o ouvinte que emerge neste contexto; e que o locutor só vai sobreviver se souber para qual público está falando.