Radiofonias – Revista de Estudos em Mídia Sonora
https://periodicos.ufop.br/radiofonias
<p style="text-align: justify;">ISSN: 2675-8067<br>O objetivo da publicação é ser um espaço para análise e reflexão sobre o rádio, a mídia sonora, o radiojornalismo e os processos de convergência que dialoguem direta ou indiretamente com as diversas modalidades de comunicação sonora. Prioriza publicações decorrentes de pesquisas em nível de pós-graduação e inéditas.<br>Publicação do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), do Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo (ConJor) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (POSCOM) da Universidade Federal de Pernambuco - campus Agreste (UFPE).<br>Periodicidade quadrimestral.</p>UFOPpt-BRRadiofonias – Revista de Estudos em Mídia Sonora 2675-8067Interfaces dos estudos radiofônicos
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/8217
Sônia Caldas PessoaDebora Cristina Lopez
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2025-09-162025-09-16161020710.63234/radiofonias.v16i1.8217Enegrecer os estudos radiofônicos: escuta decolonial, epistemicídio e insurgência sonora
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7965
<p>Este texto propõe uma reorientação crítica dos estudos em rádio e jornalismo sonoro a partir da escuta decolonial, articulada com os conceitos de epistemicídio (Carneiro, 2005), justiça epistêmica (Smith, 2018) e arquivos insurgentes (Caswell, 2021). Por meio de uma pesquisa exploratória de cunho qualitativo, foram pesquisadas produções acadêmicas recentes nos anais da Intercom e da Compós (2022–2024), revelando a escassez de estudos que articulem rádio, raça e jornalismo. Dialogando com autores(as) como Sueli Carneiro (2005), Grada Kilomba (2019), bell hooks (2020; 2023), Audre Lorde (2020), Débora Cristina Lopez, Juliana Gobbi Betti e Marcelo Freire (2024), Frantz Fanon (2008; 2022) e Marcelo Kischinhevsky (2024), argumenta-se que essa ausência não é pontual, mas expressão de um epistemicídio estruturante. Defende-se, assim, uma escuta decolonial como caminho metodológico que reconheça saberes negros como centrais e propõe uma reconfiguração ética e política dos estudos radiofônicos. O rádio é aqui compreendido como território de disputa simbólica, e a escuta, como prática de resistência e reparação histórica.</p>Alice Oliveira de Andrade
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2025-09-162025-09-16161083610.63234/radiofonias.v16i1.7965RAÍZES: Vozes indígenas em um podcast sobre povos originários no Brasil
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7979
<p>Este artigo discute as questões de identidade, comunicação, espiritualidade e memória por meio de depoimentos de indígenas brasileiros. O objetivo é contribuir para que o interesse em seus conhecimentos se espalhe, e que as pessoas não indígenas possam aprender mais sobre suas visões de mundo por meio de seus relatos. Este artigo é fruto do podcast RAÍZES, produção técnica desenvolvida como parte da pesquisa de Pós-Doutorado de Deyse Alini de Moura no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.</p>Deyse MouraLuciano MalulyGabriela Martin
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2025-09-162025-09-16161375910.63234/radiofonias.v16i1.7979Entre frequências e silêncios: A sub-representação das mulheres no rádio esportivo do Maranhão
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7995
<p>Este artigo mapeia a presença de profissionais mulheres no rádio esportivo do Maranhão, nas cidades de Açailândia, Balsas, Caxias, Imperatriz e São Luís, no primeiro semestre de 2025. O levantamento resultou na identificação de apenas uma voz feminina entre 22 rádios comerciais, das quais sete possuem programas e/ou departamentos esportivos. À luz dos pensamentos feministas de bell hooks (2013), Audre Lorde (2020) e Margareth Rago (2013, 1991) as autoras discutem a sub-representação das mulheres no campo esportivo radiofônico e a dimensão política da presença singular da setorista Natalhi Ribeiro (2025), entendida como uma fissura nas estruturas de poder sustentadas pelo androcentrismo.</p> <p> </p>Ananda Kallyne Muniz PortilhoNayane Brito
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2025-09-162025-09-16161607610.63234/radiofonias.v16i1.7995Discurso jornalístico em tempos de crise climática: a performance da Rádio Moçambique entre a objetividade e a subjetividade
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7983
<p><span style="font-weight: 400;">Moçambique é um país altamente vulnerável a eventos climáticos extremos, como ciclones e depressões tropicais, que têm impactado significativamente o modo de vida da população. A comunicação social, especialmente a Rádio Moçambique, desempenha um papel crucial na construção de narrativas sobre esses eventos. Este artigo analisa como o discurso jornalístico é construído na cobertura destes eventos extremos, considerando a vida das populações em zonas de risco. O estudo debate os princípios de objetividade e subjetividade jornalísticos e explora as estratégias de comunicação utilizadas para informar e sensibilizar o público. A metodologia adotada é qualitativa, com base na Análise do Discurso e na perspectiva funcionalista de Ruth Amossy (2008), além da perspectiva emotiva de Didi-Huberman (2016). O trabalho busca entender a intersecção entre afetos e comunicação, refletindo sobre o papel do jornalismo praticado pela Rádio Moçambique em contextos de vulnerabilidade e crise climática. Pretende-se contribuir para um entendimento mais profundo do impacto da comunicação na construção de narrativas em situações de emergência, especialmente em relação à percepção pública e à resposta política aos desastres climáticos. A análise visa explorar como as emoções são expostas ou evocadas pela cobertura midiática.</span></p>Kelly Kyabondo MwendaNair Prata
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2025-09-162025-09-16161779910.63234/radiofonias.v16i1.7983Uma proposta de organização dos elementos simbólicos no podcasting como linguagem
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7994
<p>Este artigo utiliza uma revisão narrativa de literatura para testar se o podcasting como linguagem possui uma estrutura própria, composta por elementos simbólicos sonoros, hipermidiáticos e parassonoros. O objetivo é propor uma sistematização dos elementos simbólicos no podcasting, contribuindo para a compreensão de como ocorre seu processo de significação. Os resultados confirmam que o podcasting integra características da linguagem radiofônica e da hipermídia, proporcionando uma experiência imersiva e interativa. A principal contribuição do estudo é a proposta de uma estrutura que organiza esses elementos, destacando a sua complexidade.</p>Vitor Hugo de Oliveira-LopesMarcelo Freire
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2025-09-162025-09-1616110012110.63234/radiofonias.v16i1.7994Rádio Local e Regional nas pesquisas em Mídia Sonora da Intercom: tendências e possíveis lacunas
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7992
<p>Este trabalho sistematiza as abordagens sobre rádio local e regional nas pesquisas do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom (1994-2021), buscando compreender como o localismo é tratado nos estudos sobre o meio, analisando palavras-chave e resumos. Temos um estudo exploratório com a utilização de ferramentas como a bibliometria e a revisão sistemática, onde foram examinados 801 textos apresentados no período analisado, dos quais 12 tratam diretamente do tema. Optou-se por um olhar qualitativo nesses trabalhos e assim observamos certa limitação na diversidade metodológica aplicada. Os resultados sugerem a necessidade de um avanço teórico metodológico, além de um maior diálogo interdisciplinar, para fortalecer o campo de estudos sobre rádios locais e regionais</p>Karina Woehl de FariasMarcelo Sena
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2025-09-162025-09-1616112214710.63234/radiofonias.v16i1.7992A Trilha Sonora da Apuração
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7980
<p>Este artigo investiga as marcas expressivas do metajornalismo como estratégia imersiva no podcast “A Mulher da Casa Abandonada”, produzido por Chico Felitti em parceria com a Folha. Contextualizamos o podcasting como linguagem radiofônica (Kischinhevsky, 2024) bem como o metajornalismo (Oliveira, 2010). Exercitamos uma abordagem metodológica híbrida, considerando a natureza sonora do objeto. Articulamos o conceito de ponto de escuta (Chion, 2011), incorporado na Análise do Potencial Imersivo (Santos, 2022), com a Análise Crítica do Jornalismo Narrativo em Podcasting (Viana, 2023), focando na transparência das práticas profissionais expostas. Analisamos a série completa, observando memória, bastidores e repercussão jornalística evidenciadas pelo discurso em primeira pessoa do narrador. Como resultado, identificamos como a imersão do ouvinte é guiada pela apuração, atravessada pela subjetividade, autorreferencialidade e transparência jornalística.</p>TAIANE SILVAKênia Maia
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2025-09-162025-09-1616114817610.63234/radiofonias.v16i1.7980História para ouvir
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7984
<p>Este artigo tem por objetivo central analisar de forma comparativa duas iniciativas em história pública desenvolvidas na França e no Brasil. O podcast <em>Paroles d’histoire </em>foi criado em 2018, por André Loez e já produziu mais de 300 episódios dedicados a compartilhar notícias, lançamentos e atualidades do campo historiográfico na França. Já o <em>História Pirata</em> foi criado em 2020, por Rafael Verdasca, com o intuito de ajudar estudantes do ensino médio e de cursinhos preparatórios para o ENEM e vestibulares que estavam sem aulas presenciais em virtude das restrições impostas pelo início da pandemia de COVID-19 e já soma mais de 150 episódios produzidos. Partimos da hipótese de que os dois programas se constituem não somente como um lócus privilegiado de divulgação de História para um amplo público, mas sobretudo como um novo espaço de consagração, reconhecimento e legitimação de determinados agentes dos campos historiográficos francês e brasileiro. A partir da coleta de dados em plataformas de <em>streaming </em>e nas redes sociais dos dois podcasts conseguimos apresentar um retrato comparativo entre as duas iniciativas. A pesquisa revelou programas com duração expressiva, uma forte adesão da comunidade historiadora, longevidade e ampla cobertura temática, confirmando a hipótese de que ambos os podcasts desempenham uma importante função de consagração, reconhecimento e legitimação de agentes do campo historiográfico na França e no Brasil.</p>Wellington Amarante
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2025-09-162025-09-1616117719710.63234/radiofonias.v16i1.7984Trajetórias da produção de podcasts narrativos de ciência no Brasil
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7963
<p>Podcasts narrativos têm ganhado espaço nas produções nacionais, incluindo programas que tratam de ciência. Esses produtos podem ser usados como fonte de informação e entretenimento para ouvintes que buscam conhecimento de forma contextualizada e a partir de novas perspectivas. Para analisar os contextos e caminhos de produção desse formato de podcasts, foram realizadas entrevistas com produtoras de seis podcasts narrativos de ciência nacionais: 37 Graus, A Terra é Redonda (mesmo), Vinte Mil Léguas, Ciência Suja, Tempo Quente e Habitat. Por meio das entrevistas, identificou-se uma preocupação das produtoras em personalizar o conteúdo para atrair ouvintes e que as narrativas foram a estratégia para atingir este objetivo. Além disso, nota-se a forte influência de podcasts estadunidenses, assim como da Rádio Novelo e dos podcasts apoiados pelo Instituto Serrapilheira, nos desenhos de formato e fomento desses podcasts.</p>Mayra Deltreggia TrincaSimone Pallone Figueiredo
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2025-09-162025-09-1616119821910.63234/radiofonias.v16i1.7963Jornalismo sonoro entre o dial, o digital e o audiovisual: rádios FM em sites/apps de redes sociais virtuais, em BH
https://periodicos.ufop.br/radiofonias/article/view/7993
<p style="font-weight: 400;">Analisa como o jornalismo das três rádios FM de maior audiência, em BH/MG, se estruturam para a produção de conteúdos voltados ao Instagram, YouTube e WhatsApp. Traça como objetivos específicos entender como o jornalismo das emissoras compõem a equipe de redes sociais; como o audiovisual está presente nos conteúdos das emissoras para as redes sociais; e como os conteúdos são selecionados para serem postados em redes sociais das emissoras. Estrutura-se enquanto estudo exploratório qualitativo. Desenha-se metodologicamente apropriando-se dos instrumentos análise documental e questionário. Conclui que as emissoras estudadas, capacitam a equipe de redes sociais/audiovisual, mas não se apropriam de maneira efetiva do <em>app</em> de redes sociais virtuais mais usado no país (WhatsApp) e utilizam pouco o recurso de vídeo, formato mais consumido nas redes brasileiras, nos <em>sites</em>/<em>apps</em> de redes sociais virtuais, apontando para uma maior necessidade de apropriação das redes e do audiovisual.</p> <p style="font-weight: 400;">Palavras-chave: Rádio. <em>Sites</em>/<em>apps</em> de redes sociais virtuais. Jornalismo sonoro. Audiovisual. Belo Horizonte.</p>Ruleandson do Carmo Cruz
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2025-09-162025-09-1616122024010.63234/radiofonias.v16i1.7993