Artefilosofia https://periodicos.ufop.br/raf <p style="text-align: justify;">ISSN: 2526-7892.<br>O Periódico publica artigos na área de Estética e Filosofia da Arte. Os trabalhos deverão ser inéditos (salvo o caso de traduções). No caso de traduções, o texto deve estar acompanhado do original e, caso o texto traduzido não esteja em domínio público, é necessária uma autorização do autor/da autora (caso este/esta seja detentor dos direitos da obra traduzida) ou da detentora/do detentor dos direitos autorais desta pessoa (membro de família, editora, outra instituição, etc.), ou ainda de uma licença <em>creative commons</em>.&nbsp; O mesmo se aplica à transcrição de entrevistas.<br>Publicação do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (​PPGFIL) do Instituto de Filosofia Artes e Cultura (IFAC) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).<br>Periodicidade: Publicação contínua [<em>rolling pass]</em>.</p> <p style="text-align: justify;">Qualis A3 (quadriênio 2017-2020).</p> Universidade Federal de Ouro Preto pt-BR Artefilosofia 1809-8274 <p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br><br></p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/">creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/</a> que permite o compartilhamento do trabalho, com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show">Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> </ol> </ol> Editorial https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7075 Imaculada Kangussu Nathalia Barroso Diego Aurélio Copyright (c) 2023 Imaculada Kangussu; Nathalia Barroso, Diego Aurélio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-13 2023-12-13 19 34 4 4 Deleuze e a estética como um problema para o pensamento https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/6777 <p>O objetivo deste artigo é, a partir da filosofia de Deleuze, discutir em que medida a Estética surgiu como um <em>problema</em> para a filosofia, fazendo com que o pensamento fosse forçado a enfrentar a dimensão da obscuridade. A hipótese a ser seguida é a de que o pensamento foi desobrigado do compromisso com uma razão clara e distinta, com uma noção de ideia exclusivamente racional que sempre deixou o sensível e os corpos do lado de fora. Elencarei um conjunto de teses voltadas para a relação entre arte e pensamento, em Deleuze, conjunto ao qual pretendo guiar de acordo com a seguinte leitura: dentro da inegável reviravolta que <em>Diferença e</em> <em>repetição</em> provocou na tradição filosófica em geral, a reunião paradoxal entre sensibilidade e pensamento é uma das principais contribuições do pensamento de Deleuze para a Estética.</p> Leandro Lelis Matos Copyright (c) 2023 Leandro Lelis Matos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-13 2023-12-13 19 34 25 25 Arte e Revolução https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/6916 <p>Neste artigo, analisaremos a posição de Marcuse num debate que coloca o autor em algum grau de colisão com o movimento da <em>Living Art </em>e com a <em>New Left</em>. A partir das suas formulações sobre a função da arte na sociedade unidimensional, destacadas nas obras <strong>A sociedade como obra de arte</strong> (1967), <strong>Arte na sociedade unidimensional</strong> (1967) e o capítulo Arte e Revolução, do livro <strong>Contra-Revolução e Revolta</strong> (1972), evidenciaremos as questões relativas ao papel político da arte, sua relação com a sociedade e seu potencial emancipatório, sobretudo na defesa que o autor faz da forma estética e da alienação artística.</p> Ciro Augusto Copyright (c) 2023 Ciro Augusto https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-13 2023-12-13 19 34 22 22 Terra e mundo em obra https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/6841 <p>A importância de <em>A origem da obra de arte </em>no caminho de pensamento de Heidegger é notória. Além de acrescentar ao quadro da tematização da <em>questão do ser </em>uma reflexão sobre a arte, a conferência é considerada um marco do deslocamento da analítica existencial do <em>Dasein</em> para o problema da história do ser. Dividido em três partes, este artigo conecta tal deslocamento à relação entre arte e verdade estabelecida na conferência. Na primeira parte, indica-se como a <em>crítica da tradição estética</em> insere-se no projeto de <em>superação da metafísica </em>através da problematização do subjetivismo. A segunda dedica-se ao tema da <em>origem </em>da obra de arte em seu nexo com as noções de <em>história</em> e <em>instituição </em>(que enfatizam o aspecto, por assim dizer, intersubjetivo). Na terceira, discute-se a ideia da arte como <em>pôr-se-em-obra da verdade</em> como <em>alétheia</em>, vinculada à tensão entre mundo e terra que se exporia na arte. Nas considerações finais, sugiro que, para além do paradigma grego e das hesitações de Heidegger, a associação entre arte e <em>alétheia</em> aplica-se à experiência oferecida por obras modernas e contemporâneas.</p> Gabriel Herkenhoff Coelho Moura Copyright (c) 2023 Gabriel Herkenhoff Coelho Moura https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-15 2023-12-15 19 34 27 27 O Cinema terceiro em Gilles Deleuze e Glauber Rocha https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/4704 <p>Este artigo analisa a concepção de um <em>cinema terceiro </em>(<em>cinéma tiers</em>), que pode ser encontrada, por exemplo, em Gilles Deleuze e Glauber Rocha. Seu objetivo é reconstruir a estética desse cineasta brasileiro, à luz do pensamento do filósofo francês mencionado. Nosso problema é antes de tudo o da superação do niilismo que marca a modernidade. No entanto, durante o nosso desenvolvimento, esse problema assume a forma da pergunta: <em>como inventar um povo?</em> Pode-se dizer que com filmes como <em>Deus e o diabo na terra do sol</em> (1964) e <em>Terra em transe</em> (1967), Glauber mostrou que o choque, o transe e até a violência podem ser meios eficazes na produção de povos menores. O cinema terceiro de Glauber e Deleuze conseguiu superar definitivamente o niilismo e mudar este mundo? Ora, se não o fizeram, pelo menos, com suas tentativas, eles deixaram para trás vários instrumentos e métodos que podem ser muito úteis para a resistência hoje.</p> Thiago Mota Copyright (c) 2023 Thiago Mota https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-13 2023-12-13 19 34 23 23 O Acontecimento poiético https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/6776 <p>Em&nbsp;1937, no College de France, Paul Valéry introduzia de maneira provocativa uma nova ciência, cujo objeto - as relações que se estabelecem entre a obra e o artista no momento da criação - desafiava a obscuridade que tradicionalmente vela as condutas criativas. A ‘poiética’, enquanto perspectiva crítica sobre a instauração da arte, envolve a fenomenologia e a ontologia, a sociologia e a psicologia, a antropologia e a história, numa tentativa de atingir o gesto sempre renovado, sempre singular, de compor figuras capazes de resistir ao tempo.</p> <p>O presente projeto aspira a problematizar algumas dimensões fundamentais desse campo de pesquisa&nbsp;a partir de uma aproximação à perspectiva original sobre o ato de criação na obra de Gilles Deleuze e dos processos criativos de Francis Bacon e outros artistas que manifestam pontos em comum no momento da produção da obra de arte.</p> Eduardo Pellejero Copyright (c) 2023 Eduardo Pellejero https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-13 2023-12-13 19 34 17 17 Música e cosmovisão https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/6548 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo visa sustentar duas hipóteses: a primeira, que as práticas e composições musicais de uma cultura incluem sob si a cosmovisão da cultura que a gera. A segunda, de que, diante de outras possíveis cosmovisões, a concepção histórico-construtivista regulada é a que melhor abarca a diversidade cultural de cosmovisões. Apresento primeiro uma breve descrição das tipificações das concepções de cosmovisão musical, que se dividem (por meio de simplificação) em cinco: primeiro, os três tipos miméticos, que são o animismo, o realismo metafísico e o realismo naturalista; segundo, os tipos expressionistas, a saber, o construtivismo contingente e o construtivismo regulado. Depois, entramos na discussão mais específica, em que apresento (2) o problema da relação natureza-percepção, a partir de breve discussão da identidade de oitava e da relação consonância-dissonância; (3) uma análise crítica das cosmovisões realistas e miméticas da música; (4) uma abordagem da cosmovisão do construtivismo historicista; (5) uma defesa do historicismo construtivista regulado. Concluo defendo a concepção construtivista-historicista como mais aberta à adaptação e à evolução musical.</span></p> Adriano Kurle Copyright (c) 2023 Adriano Kurle https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-13 2023-12-13 19 34 27 27 UM DIÁLOGO SOBRE O MILAGRE DA VIDA EM MANUEL BANDEIRA E O SER-PARA-A-MORTE DE MARTIN HEIDEGGER https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/6966 <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Resumo</strong></p> <p>Neste artigo buscamos uma reflexão sobre a morte a partir do diálogo-confronto entre M. Bandeira em “Preparação para a morte” e M. Heidegger com o conceito de ser-para-a-morte. Nossa abordagem pretende responder à seguinte problemática: como o diálogo entre as noções de Heidegger e Bandeira sobre a morte possibilita uma nova percepção da existência? Ao buscarmos fornecer respostas a essa questão, elevamos o presente texto para além do tema da morte colocando-o em diálogo fundamental com seu par, a vida. Nesse sentido, mais do que a discussão filosófica em si, que já gozaria de alto grau de validade, fomentamos uma reflexão filosófica de fins práticos — justamente porque existenciais. Por isso, o diálogo aqui proposto alterna uma interpretação da poesia de Bandeira e da filosofia de Heidegger. Acreditamos que na medida em que as concepções dos autores estabelecem uma relação de interdependência entre morte e vida, diferentes aspectos enfocados por cada um deles apresentam ganhos em relação à interpretação isolada de cada um.</p> Danilo Mendes Copyright (c) 2023 Danilo Mendes https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2023-12-15 2023-12-15 19 34 27 27