Artefilosofia
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<p style="text-align: justify;">ISSN: 2526-7892.<br>O Periódico publica artigos na área de Estética e Filosofia da Arte. Os trabalhos deverão ser inéditos (salvo o caso de traduções). No caso de traduções, o texto deve estar acompanhado do original e, caso o texto traduzido não esteja em domínio público, é necessária uma autorização do autor/da autora (caso este/esta seja detentor dos direitos da obra traduzida) ou da detentora/do detentor dos direitos autorais desta pessoa (membro de família, editora, outra instituição, etc.), ou ainda de uma licença <em>creative commons</em>. O mesmo se aplica à transcrição de entrevistas.<br>Publicação do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) do Instituto de Filosofia Artes e Cultura (IFAC) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).<br>Periodicidade: Publicação contínua [<em>rolling pass]</em>.</p> <p style="text-align: justify;">Qualis A3 (quadriênio 2017-2020).</p>Universidade Federal de Ouro Pretopt-BRArtefilosofia1809-8274<p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br><br></p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/">creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/</a> que permite o compartilhamento do trabalho, com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show">Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> </ol> </ol>Editorial
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7847
Imaculada Kangussu
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2025-02-202025-02-20193710.69640/raf.v19i37.7847Filosofia e literatura segundo Arthur Danto
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7624
<p>O ponto de partida do artigo<span class="Apple-converted-space"> </span>se refere às abordagens de Arthur Danto, da primeira metade dos anos 1960 sobre a possível indiscernibilidade entre obras de arte e coisas comuns, especialmente as <em>Brillo Boxes </em>de Andy Warhol. Como é amplamente sabido, Danto desenvolveu<span class="Apple-converted-space"> </span>extensivamente esse ponto de vista do seu artigo de 1964 “O mundo da arte” no seu livro <em>A transfiguração do lugar comum</em>, aprofundando na questão das condições sob as quais objetos da vida cotidiana se torna obras de arte. A investigação filosófica de Danto sobre esse tópico continuou, ainda na década de 1980, incorporando elementos da discussão, recorrente no século XX, sobre o fim da arte, enriquecida por uma apropriação das <em>Lições sobre a estética</em>, de Hegel, segundo as quais, depois que a arte completou o seu ciclo histórico, ela encontra o seu fim, sobrevivendo sem qualquer substância ontológica. O posicionamento de Danto agora é que a mencionada indiscernibilidade entre obras de arte e coisas prosaicas significa exatamente a era posterior ao fim da arte, na qual, por um lado, as obras de arte já não assumem a responsabilidade de indicar o seu conteúdo filosófico, e, por outro lado, podem usufruir de uma existência despreocupada enquanto “arte pós-histórica”, um termo que designa a arte para além da narrativa histórica dos movimentos e estilos da arte. O ponto de vista de Danto se ampliou para uma discussão da literatura e sua relação com a filosofia em pelo menos dois ensaios compilados na antologia <em>O descredenciamento filosófico da arte</em>: “Filosofia como/e/da literatura” e “Filosofando a literatura”, os quais constituem o núcleo duro da presente análise.</p>Rodrigo Duarte
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2025-02-202025-02-20193710.69640/raf.v19i37.7624Desmoronar o horizonte
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7041
<p>A Serra do Curral situada no Quadrilátero Ferrífero<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> do Estado de Minas Gerais, tem sido objeto de explotação mineral ao longo dos últimos três séculos. A história da técnica de mineração nos permite ligar o local ao global do capitalismo mundial integrado e compreender a herança da economia colonial. O aumento do ritmo e da escala das operações acelera o risco para a estabilidade da Serra do Curral. O texto faz dialogar três registros, o acadêmico, o literário e o etnográfico que se completam. A noção de horizonte articula o corpo e o meio na compreensão de ser e de estar no espaço. O horizonte é dinâmico e participa do processo de subjetivação de cada habitante. Se o horizonte produz o espaçamento do ser, faria sentido desmoroná-lo?</p> <p> </p>Myriam Bahia Lopes
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2025-02-202025-02-20193710.69640/raf.v19i37.7041Acid nostalgia: o Barberbeats, a arte pela arte e a cópia pela cópia
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7473
<p>Este artigo apresenta o caráter dúbio do movimento <em>Barberbeats</em>, subgênero de música eletrônica do movimento <em>vaporwave</em>. Em primeiro lugar, buscamos determinar a proposta do <em>Barberbeats</em> para estabelecer as diferenças do gênero em relação à música eletrônica e ao <em>vaporwave</em>. Consideramos dois níveis de discussão do estilo: enquanto simulacro ou cópia do movimento originário e o seu aspecto anestético, visto a indiscernibilidade do objeto em comparação a outros gêneros musicais como o <em>downtempo</em> e o <em>lounge</em> <em>music</em>. Para tal análise são relevantes conceitos como reprodutibilidade técnica, aura, música de fundo e desinteriorização dos objetos estéticos (conforme Benjamin, Adorno e Han) buscando realizar uma cartografia do objeto. Como desdobramento da investigação do objeto, postulamos a condição limiar do <em>Barberbeats</em> e a dificuldade em determinar com exatidão se sua proposta estética constitui um gênero próprio derivado do <em>vaporwave</em> ou se é viável supor, conforme Adorno, que se trata de música <em>fora de lugar</em>.</p>Benito Eduardo MaesoTarik Vivan Alexandre
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2025-02-202025-02-20193710.69640/raf.v19i37.7473Cotidiano, alienação e estética clown em Dias perfeitos, de Wim Wenders
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7354
<p>A discussão fundamenta-se na análise do filme Dias perfeitos, dirigido por Wim Wenders (2023). Parte-se de resenhas e críticas sobre a obra que ou celebram nela a abertura à poética do cotidiano e da rotina ou a denunciam como escapismo, falsidade e fantasia elitista. Discute-se os limites do encantamento individual em uma cotidianidade alienada no âmbito da sociedade administrada, com o trabalho como vértice da organização da existência, incluindo do tempo livre. Defende-se a proposição de que a recepção do filme, dividida entre celebração e recusa, reflete, de modo cindido, a oscilação entre resistência e adaptação característica de um traço estético que estaria no cerne dessa obra, a saber, a “estética <em>clown</em>” (SILVA, 2017). Para isso, são evidenciados elementos dessa estética em Dias perfeitos. A reflexão ampara-se em contribuições teóricas de T. W. Adorno, M. Horkheimer, H. Marcuse, W. Benjamin, e outros referenciais críticos, como A. Heller e G. Lukács.</p>Herik Oliveira
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2025-02-202025-02-20193710.69640/raf.v19i37.7354Kant, o suprassensível e o surrealismo
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<p class="western">Em carta, de 20-08-1954, à conhecida escritora norte-americana, sua amiga Mary McCarthy, Hannah Arendt escreveu que o crucial, na filosofia de Kant, é que, para ele, a mais elevada das faculdades humanas é a de julgar (e não a de raciocinar, como em Descartes, ou a de estabelecer conclusões uma após a outra, como em Hegel). É sobre o ato de ajuizar que discorreremos neste texto, seguindo o desenrolar do pensamento kantiano, para nos aproximarmos do surrealista.</p>Imaculada Kangussu
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2025-02-202025-02-20193710.69640/raf.v19i37.7846