Artefilosofia
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<p style="text-align: justify;">ISSN: 2526-7892.<br>O Periódico publica artigos na área de Estética e Filosofia da Arte. Os trabalhos deverão ser inéditos (salvo o caso de traduções). No caso de traduções, o texto deve estar acompanhado do original e, caso o texto traduzido não esteja em domínio público, é necessária uma autorização do autor/da autora (caso este/esta seja detentor dos direitos da obra traduzida) ou da detentora/do detentor dos direitos autorais desta pessoa (membro de família, editora, outra instituição, etc.), ou ainda de uma licença <em>creative commons</em>. O mesmo se aplica à transcrição de entrevistas.<br>Publicação do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) do Instituto de Filosofia Artes e Cultura (IFAC) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).<br>Periodicidade: Publicação contínua [<em>rolling pass]</em>.</p> <p style="text-align: justify;">Qualis A3 (quadriênio 2017-2020).</p>pt-BR<p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br><br></p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/">creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/</a> que permite o compartilhamento do trabalho, com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show">Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> </ol> </ol>artefilosofia.defil@ufop.edu.br (Imaculada Kangussu)periodicos.sisbin@ufop.edu.br (Portal de Periódicos Eletrônicos da UFOP)Qui, 03 Jul 2025 14:36:38 -0300OJS 3.1.2.4http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss60Apresentação
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Imaculada Kangussu
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/8102Qui, 03 Jul 2025 16:08:04 -0300Vilém Flusser, os modos de presença e a língua brasileira
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<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo propõe uma aproximação entre os "modos de presença nos fenômenos estéticos" (MdPs) e a filosofia de Vilém Flusser, especialmente a partir da </span><em><span style="font-weight: 400;">Fenomenologia do brasileiro</span></em><span style="font-weight: 400;">. A análise concentra-se na relação entre os MdPs e a reflexão de Flusser sobre a "língua brasileira". Inicialmente, discute-se a conexão entre os MdPs e os "códigos fundantes" de Flusser, seguida pela sua abordagem da língua brasileira. Subsequentemente, examinam-se as sínteses culturais no Brasil considerando a morfologia das línguas e sua relação com a filosofia dos media. Outros temas abordados incluem a relação entre analfabetismo e superação da história, a conexão entre a "unidimensionalidade" de Flusser e a proposta de Herbert Marcuse, bem como a "planura" dos idiomas nativos na formação da língua brasileira, além da relação entre as teses flusserianas e a antropofagia oswaldiana. Por fim, constata-se que as intuições de Flusser sobre a interferência de idiomas indígenas e africanos no português brasileiro são corroboradas pela etnolinguística, conferindo maior densidade filosófica a sua proposta. </span></p>Rodrigo Duarte, Lara Cipriano
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7836Qui, 26 Jun 2025 16:36:50 -0300Semiótica goodmaniana e os modos de presença
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7798
<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-size: small;">Desenvolvemos uma primeira aproximação entre a semiótica elaborada por Nelson Goodman e o diagrama dos modos de presença nos fenômenos estéticos contemporâneos de Rodrigo Duarte. Partimos do entendimento de que o modo da irrepresentação se liga à operação simbólica da exemplificação. Explicamos essa ligação, mostrando como o ganho conceitual motiva a investigação presente - a irrepresentação, para além da ligação com a sonoridade, se estabelece como lugar do formalismo estético ligado não só à musicalidade, mas à abstração, e favorece operações simbólicas que exibem suas próprias qualidades, mais do que referenciam objetos externos. Introduzimos conceitos goodmanianos e traçamos paralelos, para além do par exemplificação-irrepresentação. Assim, estabelecemos três outros pares: representação (goodmaniana)-apresentação, descrição-representação (duartiana), referência múltipla-perpresentação. Discutimos a ideia de D'Orey de que a exemplificação marcaria a presença do estético em geral. Defendendo a função catalizadora das operações exemplificativas (em especial, daquelas expressivas), ainda assim argumentamos em favor de nossa posição inicial, mantendo a exemplificação como ligada a um modo específico. As operações de denotação fictícia e representação-como são então apresentadas, abrindo o caminho para uma discussão futura sobre os movimentos entre os modos da irrepresentação e apresentação, indicados pelas setas da pantomima e da música concreta, no diagrama de Duarte.</span></span></p>Henrique Iwao, Walter Romero Menon Jr.
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7798Qui, 26 Jun 2025 16:46:59 -0300Inteligência Artificial Generativa e o mundo da arte: novos modos de presença ou meros sistemas algorítmicos?
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7849
<p><span style="font-weight: 400;">O uso da inteligência artificial generativa (IA) na criação de objetos estéticos não apenas altera, mas transforma radicalmente os fundamentos do processo criativo, desafiando concepções consolidadas sobre arte e autoria. A emergência dessa tecnologia levanta uma série de questões cruciais que atravessam o campo da estética e da filosofia da arte: os produtos gerados por IA podem ser reconhecidos como obras de arte em sentido pleno, ou seriam meras simulações algorítmicas da criatividade humana? Em que medida a agência humana ainda desempenha um papel essencial na definição do estatuto artístico desses objetos, e qual a extensão da autonomia da máquina nesse processo? Essas interrogações tensionam a relação entre autoria e criatividade, reconfigurando os conceitos de originalidade e intencionalidade artística e nos obrigando a reconsiderar os limites entre produção estética e programação computacional. Para abordar essa complexidade, recorremos à análise dos modos de presença, propostos por Rodrigo Duarte, com ênfase nos modos de apresentação e representação, bem como na transição entre eles. A partir dessa estrutura teórica, investigamos como os produtos da IA transitam entre diferentes formas de mediação e imediaticidade na experiência estética, evidenciando a interação entre agência humana e agência algorítmica no processo de criação artística. Dessa forma, a inteligência artificial generativa desafia paradigmas históricos e nos impele a revisar criticamente as noções tradicionais que sustentam o entendimento do que é arte, exigindo uma nova abordagem que contemple as dinâmicas de mediação estética contemporâneas.</span></p>Anna Luiza Coli, Thobila Gabriela de Lima Costa Sousa
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7849Qui, 26 Jun 2025 16:36:07 -0300Coreografias dos lugares
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<p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="pt-PT">O escopo desse artigo é o de mobilizar o aparato conceitual desenvolvido no grupo de pesquisa </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="pt-PT"><em>M</em></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="pt-PT"><em>odos de presença nos fenômenos estéticos contemporâneos </em></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="pt-PT">no seio de um processo artístico transdisciplinar em curso. Aliando os conceitos filosóficos, sobretudo o conceito de perpresentação proposto por Rodrigo Duarte, a saberes advindos da prática da improvisação em dança e música, propõe-se uma perspectiva ecológica sobre a partilha do sensível produzida pela arte. A perpresentação é aqui entendida como uma prática artística transdisciplinar que pode favorecer o acesso a aspectos sutis da experiência perceptiva, envelopados num ambiente de excesso de estímulos.</span></span></span></p>Ana Rita Nicoliello, Pedro Hussak
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7862Qui, 26 Jun 2025 16:50:25 -0300Expressão musical do inexprimível
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<p class="western" align="justify">Este artigo tem por objetivo o diálogo com os modos de presença nos fenômenos estéticos, proposto de Rodrigo Duarte, a partir do desenvolvimento estético-social do jazz. Desde sua origem nas comunidades afro-americanas, o jazz passou por diversas transformações que vão da música popular ao jazz de vanguarda, passando pela apropriação por músicos brancos e pelo sistema da indústria cultural. Essa passagem, subsumida pelos músicos pretos de vanguarda, remete à ampliação do fenômeno irrepresentável, produzindo uma música absoluta de origem popular.</p>Rafael Sellamano, Willian Vasconcellos
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7842Qui, 26 Jun 2025 00:00:00 -0300Abolir o impossível na poesia perpresentativa
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<p><span style="font-weight: 400;">O artigo faz uma leitura comparativa entre os modos de presença de Rodrigo Duarte e as poéticas-críticas de Mallarmé e Haroldo de Campos, a partir da investigação a respeito do duplo aspecto da irrepresentação. Assume, assim, a tarefa sugerida por Duarte de investigar a propriedade de uma suposta relação prioritária entre os fenômenos musicais – sentido estrito – e a capacidade de compreender fenômenos extremos – sentido amplo. Essa intuição é questionada por um duplo movimento: i) a separação entre irrepresentação e irrepresentável; ii) a sugestão de que a representação – o fenômeno literário – é que talvez pudesse almejar alguma prioridade. Mallarmé e Haroldo são mobilizados como exemplos de poesia perpresentativa e colocados em par com a temática da possibilidade ou impossibilidade da poesia pós-Auschwitz. Por fim, propõe a rediagramação dos modos de presença, realocando a perpresentação entre os vértices de um triângulo – por ser híbrida – e fora do plano – porque também pode lidar com o irrepresentável. Assim, desfaz-se a ilusão de prioridade, tanto da irrepresentação, quanto da representação.</span></p>Thiago Borges de Almeida
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7850Qui, 26 Jun 2025 17:05:19 -0300Perpresentação e sobre-representação: uma leitura da ópera com base em Theodor W. Adorno
https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7864
<p>Este artigo explora a distinção entre os conceitos de “perpresentação” e “sobre-representação” no âmbito da “polimedialidade”, conforme discutido por Rodrigo Duarte em seu projeto estético-teórico <em>Modos de presença nos fenômenos estéticos</em>. Enquanto o conceito de perpresentação possibilita uma avaliação axiologicamente neutra dos fenômenos estéticos, a sobre-representação concebe o resultado das manifestações artísticas de maneira negativa. O artigo aplica essa distinção à ópera, fundamentando-se nas análises estéticas de Theodor W. Adorno e tomando as obras de Richard Wagner e Alban Berg como exemplos paradigmáticos. Wagner é interpretado como uma manifestação da sobre-representação, associada à indústria cultural e ao <em>kitsch</em>, enquanto Alban Berg exemplifica a perpresentação, representando uma arte autêntica voltada para a crítica e a emancipação. A análise busca, assim, aprofundar a compreensão do projeto estético-teórico de Duarte, considerando as implicações políticas e ideológicas no campo da estética contemporânea.</p>Breno Machado Viegas, Luís Filipe de Lima Andrade
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7864Qui, 26 Jun 2025 00:00:00 -0300A Magia da moda
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<p>No texto intitulado <em>Do irrepresentável à perpresentação: Revisitando os modos de presença nos fenômenos estéticos</em>, Rodrigo Duarte aprofunda sua análise iniciada em 2019, discutindo não apenas os modos de presença, mas também as manifestações originadas pela convergência e interações entre eles. O objetivo da nossa investigação é compreender o movimento que ocorre a partir da apresentação rumo à representação, movimento no qual um objeto apresentado adquire um novo sentido através da discursividade inerente à representação. Nossa hipótese é que este movimento nos ajuda a perceber a magia implementada pela moda industrial contemporânea, que, através de um discurso, é capaz de transformar um objeto cotidiano em um objeto de moda.</p> <p>Em nossa análise, defendemos que a simples apresentação de um objeto no mundo não seria suficiente para destacá-lo do lugar comum e transformá-la em “moda”. É através do discurso da representação, operado pelas imagens técnicas, que o “mundo da moda” imputa valor simbólico e econômico a tal objeto banal, realizando, assim, a magia da moda.</p>Luciana Nacif, Flavia Virgínia Teixeira
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https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/7857Qui, 26 Jun 2025 17:21:07 -0300