SER PESSOA COM DEFICIÊNCIA – QUESTÃO DE RISCO (pp.228-253)

  • Paulo Tadeu Meira
  • Silvia de Oliveira

Resumo

Em todo o mundo, as pessoas com deficiência apresentam piores perspectivas de saúde, níveis mais baixos de escolaridade, menor participação econômica, taxa de pobreza mais elevada em termos comparativos às pessoas sem 
deficiência. Para que as pessoas com deficiência atinjam perspectivas melhores e mais duradoras, devemos capacitar essas pessoas e retirar as barreiras que as impedem de participar da comunidade, de ter acesso à educação de qualidade, 
de encontrar trabalho decente e ter suas vozes ouvidas. Em, termos estatísticos, uma alternativa bastante útil e que pode servir de suporte e monitoramento das políticas públicas nessa área é propormos para ser utilizado de forma 
contínua, um índice de risco denominado índice de risco pessoa com deficiência que consiste em avaliar quais fatores estão associados a este risco, assim como a intensidade e a direção de cada um desses fatores, gerando um escore final 
que pode ser ordenado ou classificado, segundo a probabilidade de pessoas adquirirem uma determinada deficiência. No caso brasileiro, propomos a utilização de técnicas como regressão logística binária e ordinal para seleção de fatores 
mais significantes utilizando critérios como AIC (do inglês, Akaike Information Criterion), BIC (do inglês, Bayesian Information Criterion), e DIC (do inglês, Deviation Information Criterion),  e calcular a probabilidade do risco para 
as diferentes deficiências (enxergar, ouvir, movimentar e intelectual) para o conjunto de dados da Amostra constituída por 20800804 respondentes do Questionário Completo no Censo 2010 do IBGE por estado, região e país.Palavras-chave: Pessoas com deficiência, regressão logística ordinal estereótipo, risco deficiência, seleção de variáveis, seleção de modelos.