VISUALIZAÇÃO DE DADOS DE IMAGENS DE SENSORIAMENTO REMOTO (pp.260-265)

  • Alfredo José Barreto Luiz
  • Isaque Daniel Rocha Eberhardt
  • Bruno Schultz
  • Antonio Roberto Formaggio

Resumo

Geralmente, os dados de sensoriamento remoto são representados em imagens que reproduzem feições da superfície terrestre. Entretanto, imagens são compostas por dados quantitativos multivariados que podem ser trabalhados de 
diversas formas para produzir visualizações diferentes das reproduções pictóricas tradicionais. Dados que podem parecer sem valor, como das áreas cobertas por nuvens, podem revelar-se fonte de importante informação para o planejamento 
de trabalhos futuros. O Brasil tem grande importância na produção agrícola mundial e as culturas mais importantes no país são a soja, o milho e a cana-de-açúcar, que ocuparam 27,7, 15,9 e 8,7 milhões de hectares, respectivamente, na 
safra 2012/2013. Aproximadamente 40% desta produção se localiza em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Imagens de satélite mostram potencial na estimativa de áreas ocupadas pela agricultura de larga escala. 
Entretanto, para que se possa obter imagens úteis é preciso que não haja nuvens, o que não é comum nos períodos chave dentro do calendário agrícola dessas culturas na região estudada. Obter imagens livres de nuvens ainda é um grande 
desafio para o monitoramento da agricultura em escala estadual ou nacional. Este trabalho objetivou demonstrar que o tratamento gráfico de dados oriundos de imagens de sensoriamento remoto pode produzir resultados úteis. Para tanto, foi 
analisada a frequência de imagens livres de nuvens sobre estados ou mesorregiões, ao longo dos meses, com base em uma série temporal de 2000 a 2013, a partir de dados obtidos pelo sensor MODIS e extraídos utilizando uma rotina do R.Palavras-chave: processamento gráfico, rotina R, frequência, imagens de sensoriamento remoto.