Compreensão das diretrizes da extensão universitária: uma visão a partir de coordenadores de ação de extensão de uma unidade acadêmica das áreas tecnológicas
Resumo
Este artigo apresenta uma análise sobre como professores e técnicos-administrativos que coordenam ações de extensão compreendem as diretrizes da extensão universitária, seja no que diz respeito à sua conceituação, seja no que diz respeito às suas práxis nas ações em que atuam. As diretrizes da extensão universitária consideradas foram: dialogicidade; interdisciplinaridade e interprofissionalidade, indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão; impacto na formação do estudante e impacto na transformação social. Para alcançar o objetivo, foram entrevistados, com apoio de roteiro semiestruturado, 15 coordenadores de ações de extensão, lotados em uma unidade acadêmica das áreas tecnológica de uma universidade pública brasileira, situada no interior do país. As respostas foram agrupadas em blocos de perguntas, categorias e subcategorias. Os blocos de perguntas foram: concepção da ação; características da ação; divulgação e comunicação da ação; diretrizes da extensão; dificuldades enfrentadas na execução da ação e sugestões para os órgãos de gestão universitária. Como resultados, identificou-se que os entrevistados possuem dificuldade de compreender e praticar as diretrizes da extensão universitária, especialmente a dialogicidade. Ademais, as diretrizes interdisciplinaridade e interprofissionalidade e indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão não apareceram em nenhuma resposta, mesmo quando perguntados diretamente sobre as diretrizes da extensão.
Referências
BELGRAVE, Linda Liska; SEIDE, Kapriskie. Grounded theory methodology: Principles and practices. In: Handbook of research methods in health social sciences. Springer Singapore, 2019. p. 299-316.
CARBONARI, Maria Elisa Ehrhardt; PEREIRA, Adriana Camargo. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à sustentabilidade. Revista de Educação, v. 10, n. 10, 2007.
CURI FILHO, Wagner Ragi; WOOD JUNIOR, THOMAZ. Avaliação do impacto das universidades em suas comunidades. Cadernos EBAPE. BR, v. 19, p. 496-509, 2021.
DE OLIVEIRA, Émerson Dias. Os desafios de uma gestão administrativa na ótica da racionalidade substantiva. Além dos Muros da Universidade, v. 3, n. 3, 2018.
FAZENDA, Ivani C. A. Práticas interdisciplinares na escola. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
FÓRUM DE PRÓ-REITORES DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA. Política Nacional de Extensão universitária. Manaus-AM, Maio de 2012.
GONÇALVES, Anderson Tiago Peixoto. Análise de conteúdo, análise do discurso e análise de conversação: estudo preliminar sobre diferenças conceituais e teórico-metodológicas. Administração: Ensino e Pesquisa, v. 17, n. 2, p. 275-300, 2016.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. RESOLUÇÃO Nº 7 MEC/CNE de 18 de dezembro de 2018 que regulamenta a inserção de 10% da carga horárias dos cursos em ações de extensão. 2018. Disponível em < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=104251-rces007-18&category_slug=dezembro-2018-pdf&Itemid=30192> . Acessado em 17/02/2021.
RODRIGUES, Andréia Lilian Lima et al. Contribuições da extensão universitária na sociedade. Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-UNIT-SERGIPE, v. 1, n. 2, p. 141-148, 2013.
SILVA, Valéria. Ensino, pesquisa e extensão: Uma análise das atividades desenvolvidas no GPAM e suas contribuições para a formação acadêmica. Vitória, novembro de 2011. Disponível em:
SPRADLEY, J. The Ethnographic Interview. New York: Holt, Rinehart and Winston. 1979.
VIERO, Tatiane Vedoin; TAUCHEN Gionara, Programa de extensão universitária: análise das concepções e perspectivas no âmbito da educação em ciências. Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - ANPED SUL, 9.2012.
Os autores mantém os direitos autorais dos documentos publicados na Alemur e cedem à revista o direito de publicação dos texto e seus metadados (em múltiplos suportes e formatos), inclusão em bases de dados e assinatura de acordos de indexação atuais e futuros (mesmo com licenças menos restritivas, para os textos, ou sem restrições, para os metadados), de modo a garantir a indexação do documento publicado e seus metadados.
Todos os documentos publicados são distribuídos em acesso aberto, nos termos da Licença Creative Commons Atribuição - Não-Comercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC) que permite o uso, a distribuição e reprodução em qualquer meio desde que sem fins comerciais e que o artigo, os autores e o periódico sejam devidamente citados; garantindo uma ampla disponibilização do conhecimento científico e democratização do acesso.
A Alemur não só autoriza como incentiva que os autores e as equipes técnicas de repositórios digitais e outras bases de dados não comerciais depositem cópias dos artigos publicados em blogs pessoais, sites profissionais e locais semelhantes (sempre oferecendo a referência detalhada do documento), nos termos da Licença Creative Commons Atribuição - Não-Comercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC).