Oficinas do cuidado com idosas institucionalizadas em Ouro Preto - MG - Relato de experiência
Resumo
Este trabalho descreve uma experiência de atividades voltadas para o estímulo e desenvolvimento de habilidades de coordenação motora, cognitivas e sociais, individuais ou em grupos, tendo como objetivo estimular o convívio social das idosas residentes em uma instituição de longa permanência com vistas a melhorar a qualidade de vida, a partir de oficinas interativas. As atividades desenvolvidas com as idosas residentes na Instituição de Longa Permanência Para Idosos fundamentaram na acolhida, como forma de humanização do cuidado em saúde, e foram realizadas adotando práticas grupais e integrativas para promoção da saúde, prevenção de adoecimentos, com foco no acolhimento das pessoas e suas vulnerabilidades. Nas atividades iniciais, algumas participantes se mostraram apáticas, porém à medida que as atividades foram sendo desenvolvidas, as idosas ao serem estimuladas, mostraram diferentes habilidades e potencialidades, principalmente artísticas e culturais, bem como o desejo de sair do sedentarismo e do rótulo de incapazes que muitas vezes foram atribuídos a elas. O desenvolvimento das oficinas evidenciou que idosas residentes em Instituições de Longa Permanência, mesmo sendo bem acompanhadas por uma equipe multiprofissional, necessitam de uma atenção mais individualizada, considerando suas subjetividades e particularidades nos desafios do dia a dia.
Referências
ALMEIDA, E. A. de; MADEIRA, G. D.; ARANTES, P. M. M.; ALENCAR, M. A. Comparação da qualidade de vida entre idosos que participam e idosos que não participam de grupos de convivência na cidade de Itabira-MG. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 13, n. 3, p. 435-443, 2010.
ALVES, R. S. F.; SANTOS, G. C.; CUNHA, E. C. N.; MELO, M. O. Cuidados paliativos: alternativa para o cuidado essencial no fim da vida. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, p. e185734, 2019.
ASSIS, A. “Os Sentidos da Roda”: práticas grupais na investigação qualitativa em saúde. New Trends in Qualitative Research, v. 18, p. e842, 2023. DOI: https://doi.org/10.36367/ntqr.
CASEMIRO, F. G.; RODRIGUES, I. A.; DIAS, J. C.; ALVES, L. C. S.; INOUE, K.; GRATÃO, A. C. M. Impacto da estimulação cognitiva sobre depressão, ansiedade, cognição e capacidade funcional em adultos e idosos de uma universidade aberta da terceira idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 19, n. 4, p. 683-694, 2016.
FREITAS, A. V. da S.; NORONHA, C. V. Idosos em instituições de longa permanência: falando de cuidado. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, v. 14, n. 33, p. 359-369, abr/jun 2010.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeções da população: Brasil e unidades da federação, 2. ed. Rio de Janeiro, 2018.
LEÃO, D. M. M.; ONGARATTO, B. R.; VAZ, M. R. C.; JOHN, S. Socialização de idosos institucionalizados: oficina de pintura em uma ILPI de Rio Grande, RS. Revista Kairós - Gerontologia, v. 20, n. 3, p. 459-474, set 2017.
OMS. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde. 2005. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf. Acesso em fevereiro de 2024.
RAMOS, L. R. A mudança de paradigma na saúde e o conceito de capacidade funcional. In: RAMOS, L. R.; TONIOLO, N. J. Guia de geriatria e gerontologia. Barueri (SP): Manole; p.1-7, 2005.
SILVA, C. A.; CARVALHO, L. S.; SANTOS, A. C. P. O.; MENEZES, M. R. Vivendo após a morte de amigos: História oral de idosos. Texto & Contexto Enfermagem, v. 16, n. 1, p. 97-104, jan/mar 2007.
SILVA, M. R. DA; SANTOS, N. P. V.; SANTOS, R. A.; CUNHA, G. R.; TORRES, L. M. A percepção do idoso institucionalizado sobre os benefícios das oficinas terapêuticas. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 29, p. 76-84, 2016.
TIER, C. G.; FONTANA, R. T.; SOARES, N. V. Refletindo sobre idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 57, n. 3, p. 332-335, 2004.
WEBER, F. A entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou: por que censurar seu diário de campo? Horizontes Antropológicos, v. 15, n. 32, p. 157-170, jul/dez 2009.
Copyright (c) 2024 Carmen Aparecida Paula, Nancy Scardua Binda, Renata Cristina Rezende Macedo do Nascimento, Marcela Cristine de Carvalho Rodrigues, Beatriz Campos Paiva, Andressa Victoria de Almeida, Aisllan Diego de Assis
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores mantém os direitos autorais dos documentos publicados na Alemur e cedem à revista o direito de publicação dos texto e seus metadados (em múltiplos suportes e formatos), inclusão em bases de dados e assinatura de acordos de indexação atuais e futuros (mesmo com licenças menos restritivas, para os textos, ou sem restrições, para os metadados), de modo a garantir a indexação do documento publicado e seus metadados.
Todos os documentos publicados são distribuídos em acesso aberto, nos termos da Licença Creative Commons Atribuição - Não-Comercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC) que permite o uso, a distribuição e reprodução em qualquer meio desde que sem fins comerciais e que o artigo, os autores e o periódico sejam devidamente citados; garantindo uma ampla disponibilização do conhecimento científico e democratização do acesso.
A Alemur não só autoriza como incentiva que os autores e as equipes técnicas de repositórios digitais e outras bases de dados não comerciais depositem cópias dos artigos publicados em blogs pessoais, sites profissionais e locais semelhantes (sempre oferecendo a referência detalhada do documento), nos termos da Licença Creative Commons Atribuição - Não-Comercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC).