Sequência didática interdisciplinar: Sherlock Holmes no ensino de química
Resumen
O presente trabalho trata da aplicação de uma sequência didática interdisciplinar com o tema de química forense. O objetivo foi trabalhar, no primeiro ano do curso Técnico em Química integrado ao Ensino Médio, diferentes metodologias, como práticas experimentais, leitura de textos, para a assimilação do conteúdo de vidrarias de laboratório e confecção de relatórios de forma interdisciplinar, utilizando partes da obra Sherlock Holmes. As histórias lidas auxiliaram os estudantes a interpretar situações que envolvem química. Foi simulado um roubo no laboratório de química e os alunos identificaram o criminoso dentre quatro suspeitos por meio da técnica de revelação de digital, utilizando vapor do iodo, e de comparação entre sequenciamento de DNA simulado do sangue encontrado na cena do crime e dos suspeitos. Constatou-se que houve boa interação dos alunos, resultando em participação ativa nas atividades experimentais e de escrita, o que levou a relatos coerentes do que foi realizado. Notou-se que eles não haviam tido contato com laboratório até então e ao fim da sequência didática, puderam assimilar tanto o nome quanto a função das principais vidrarias. Diante disso, evidenciou-se que a partir de diferentes metodologias e interação entre alunos e professores a assimilação de conteúdo, aconteceu de maneira significativa.
Citas
Fortaleza, 2013.
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em:
CALDAS, H. C. G. O que é, para que serve e como se guiar na elaboração
de um relatório experimental. Universidade Federal de São João del Rei – UFSJ, 2002.
CRUZ, A. A. C; RIBEIRO, V. G P; LONGHINOTTI, E; MAZZETTO, S. E. A Ciência Forense no
Ensino de Química por meio da Experimentação Investigativa e Lúdica. Química Nova na Escola.
v. 38, n.2, p.167-172, São Paulo, 2018.
DOYLE, S. A. C. Sherlock Holmes: Um estudo vermelho. trad. Monique. trad.D’Orazio. ed.1, Barueri: Principi, 2019.
Autor
GIACOMINI, A. MUENCHEN, C. Os três momentos pedagógicos como organizadores de um processo formativo: algumas reflexões. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em
Ciências. v. 15, n. 2, p.339-355, 2015.
GONÇALVES, R. P. N; GOI, M. E. J. Metodologia de experimentação como estratégia potencializadora para o ensino de química. Comunicações Piracicaba. v. 27, n. 1, p. 219-247, 2020.
GOMES, Y. C. Percepções de alunos dos cursos de química sobre o relatório como forma de avaliação de atividades de laboratório. Orientadora: Patrícia Fernandes Lootens Machado. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Licenciatura em Química, Instituto de
Química da Universidade de Brasília, 2017.
GORRI, A. P; FILHO SANTIN, O. Representação de temas científicos em pintura do século
XVIII: Um Estudo Interdisciplinar entre Química, História e Arte. Química Nova na Escola. v.31, n. 3, p. 184-189, 2009.
LIMA FILHO, Francisco de Souza; CUNHA, Francisca Portela da; CARVALHO, Flavio da Silva; SOARES, Maria de Fátima Cardoso. A importância do uso de recursos
didáticos alternativos no ensino de química: uma abordagem sobre
novas metodologias. enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.7, n. 12, p. 166-173, 2011.
MATSUMOTO, L. T. J; KUWABARA, I. H. A formação profissional do técnico em química: caracterização das origens e necessidades atuais. Química Nova, v. 28, n. 2, p.350-359, 2005.
PAZINATO, M. S; BRAIBANTE, M. E. F. Oficina temática composição química dos alimentos: uma possibilidade para o ensino de química. Quím. nova esc. v. 36, n. 4, p. 289-296, 2014.
POLETTO, M. A ciência forense como metodologia ativa no ensino de ciências. Experiências no Ensino de Ciências. v.12, n.8, p. 88- 100, 2017.
QUEIROZ, S. L. A linguagem escrita nos cursos de graduação em química.
Quim. Nova, v. 24, n. 1, p.143-146, 2001.
ROMÃO,W; SCHWAB, N. V; BUENO, M. I. M. S; SPARRAPAN, R; EBERLIN, M. N;
MARTINY, A; SABINO, B. D; MALDANER, A. O. Química forense: perspectivas sobre novos métodos analíticos aplicados à documentoscopia, balística e drogas de abuso. Quim. Nova, v. 34, n. 10, p. 1717-1728, 2011.
SANTOS, F. R. AMARAL, C. L. C. A química forense como tema contextualizador no ensino de química. Research, Society and Development, v. 9, n.3, p.1-15, 2020.
SILVA, S; ANDRADE, C. C; SANTKS, D. M; OLIVEIRA, R. S. A literatura infanto-juvenil como instrumento pedagógico para o ensino de ciências e o desenvolvimento da literacia
científica. Ensino e Tecnologia em Revista.,v. 3, n. 1, p. 37-54, 2019.
SILVEIRA, M. P; ZANETIC, J. Formação de professores e ensino de química: reflexões a partir do livro serões de Dona Benta de Monteiro Lobato e da pedagogia de Paulo Freire.
ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.9, n.2, p.61-85, novembro 2016.
SOUZA, S. B; FERREIRA, J. A. Funcionamento do luminol e sua utilização
para a identificação de sangue latente. Revista Científica da FHOUNIARARAS. v, 6, n. 1, p. 37-46, 2018.
THIESEN, Juares da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, v. 13, n.39, p. 545-598, 2008.
Derechos de autor 2023 Breno Melato de Neri de Sousa, Paulo Alexandre Gaiotto, Giselle Nathaly Calaça da Trindade, Darliane Aparecida Martins, Marcela Moreira Terhaag
Esta obra está bajo licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial 4.0.
Os autores mantém os direitos autorais dos documentos publicados na Alemur e cedem à revista o direito de publicação dos texto e seus metadados (em múltiplos suportes e formatos), inclusão em bases de dados e assinatura de acordos de indexação atuais e futuros (mesmo com licenças menos restritivas, para os textos, ou sem restrições, para os metadados), de modo a garantir a indexação do documento publicado e seus metadados.
Todos os documentos publicados são distribuídos em acesso aberto, nos termos da Licença Creative Commons Atribuição - Não-Comercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC) que permite o uso, a distribuição e reprodução em qualquer meio desde que sem fins comerciais e que o artigo, os autores e o periódico sejam devidamente citados; garantindo uma ampla disponibilização do conhecimento científico e democratização do acesso.
A Alemur não só autoriza como incentiva que os autores e as equipes técnicas de repositórios digitais e outras bases de dados não comerciais depositem cópias dos artigos publicados em blogs pessoais, sites profissionais e locais semelhantes (sempre oferecendo a referência detalhada do documento), nos termos da Licença Creative Commons Atribuição - Não-Comercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC).