A água e os seus ressoadores na poesia de Luís Miguel Nava

  • JOÃO BATISTA SANTIAGO SOBRINHO Professor doutor do Centro Federal de Educação Tecnológica do Estado de Minas Gerais – Cefet-MG, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Palavras-chave: Prosa poética, Poesia, Matéria água, Corpo

Resumo

Este texto investigará as imagens de água na poesia do poeta português Luís Miguel Nava. Abordaremos um poema do primeiro livro do autor, Películas, de 1979. Para tanto, utilizaremos os estudos de Gaston Bachelard, sobretudo A Água e os Sonhos. Nossa análise irá se concentrar no poema Nos Teus Ouvidos, mas não se furtará a identificar a presença da “matéria água”, expressão de Bachelard, em outros poemas do autor, já que, pelo que percebemos, a imagem da água é um elemento recorrente no texto naviano em geral. As imagens traduzem, a cada poema, uma dinâmica própria, as quais, imersas num imaginário líquido, perfazem uma poética de afirmação trágica do corpo, vale dizer, da vida, em que a matéria comanda a forma, ou seja, a matéria água faz emergir a prosa poética naviana, que, por intermédio de uma verbivocovisualidade, exprime uma poética da água vigorosa.

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