Crenças dos pais, crenças dos filhos: o rural, o urbano e o preconceito linguístico

  • Maria do Socorro Vieira Coelho Universidade Estadual de Montes Claros
  • Gilvan Mateus Soares UFMG
Palavras-chave: Língua portuguesa, Variação linguística, Crenças e atitudes, Ensino

Resumo

Como uma das questões fundadoras da Sociolinguística, o estudo das crenças, das avaliações e das atitudes tem se tornado foco de interesse de diversas pesquisas que enfatizam a relevância de se discutirem os fatores intervenientes no surgimento de percepções que geram preconceitos e reações negativas sobre as variedades linguísticas e seus falantes. Com base nessas assertivas, objetivou-se, neste trabalho, discutir como alunos do Ensino Fundamental II, de escola pública em Minas Gerais, e seus responsáveis se percebem como usuários da língua portuguesa. Para tanto, a pesquisa se orientou pelos pressupostos da Sociolinguística Educacional, no entendimento de que a língua varia por influência de fatores internos e externos, considerando-se como categorias o informante, a classe social, o espaço geográfico, a situação de comunicação, o grau de formalidade, a fala ou a escrita. Aplicaram-se questionários, avaliaram-se percepções linguísticas de alunos e procedeu-se à sua correlação com as dos seus responsáveis, tendo em mente a origem do informante (o campo ou o ambiente urbano) e a relação entre a percepção do responsável e a do aluno/filho sobre a língua. Concluiu-se da pesquisa que as crenças dos responsáveis (pais/família) influenciam diretamente as percepções dos alunos/filhos em relação à língua que usam cotidianamente. Baseado no exposto anteriormente, este estudo sugere uma proposta de intervenção pedagógica destinada a um melhor ensino do Português.

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Publicado
2020-11-04