A literatura intimista frente aos dilemas do engajamento

uma análise dos romances Quarup e Pessach: a travessia

Palavras-chave: Cony, Callado, Literatura, Engajamento, Literatura intimista

Resumo

Neste artigo, analisarei duas obras da literatura brasileira bastante conhecidas por seus temas engajados, a saber, Quarup e Pessach: a travessia, ambos de 1967, muitas vezes associadas à busca pela revolução brasileira. Seus respectivos autores, Antonio Callado e Carlos Heitor Cony, notabilizaram-se no início de suas carreiras pela construção de narrativas de cunho intimista e psicológico. Em meados da década de 1960, porém, incorporaram a essa dicção temas prezados por setores da esquerda revolucionária, como o recurso à luta armada. É possível que tenham feito essas novas escolhas estéticas embalados tanto pelos deslocamentos análogos que experimentaram no campo jornalístico após o golpe de 1964, quanto por pressões de um público consumidor de arte engajada que vinha se formando havia alguns anos. Dessa forma, talvez seja possível compreender os referidos livros como representações ficcionais de encruzilhadas com as quais se deparavam grupos de esquerda no Brasil naquele período, e não como prescrições de fórmulas revolucionárias.mulas revolucionárias.

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Referências

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Publicado
2024-07-25