O Apocalipse de Macbeth (1606)
Abstract
O legado criativo de Shakespeare é marcado pela arte da apropriação de obras de seu tempo e de eras passadas, como textos clássicos greco-romanos, mitologias, escritos medievais e renascentistas e outros. Ele inseriu em seus escritos inúmeros intertextos oriundos de múltiplas fontes, entre eles centenas de referências bíblicas. O presente artigo examina as tessituras bíblicas que permeiam a tragédia shakespeariana de Macbeth. O objetivo é evidenciar que o dramaturgo incorporou várias passagens e temas que encontrou na Bíblia. Por meio do método analítico-comparativo, o artigo mostra como Shakespeare realizou tais apropriações e como conseguiu contextualizá-las e ressignificá-las. Os principais recursos intertextuais usados por Shakespeare em seu processo escritural, tais como a citação, a alusão e a analogia, foram explorados à luz de considerações críticas teorizadas por Mikhail Bakhtin, Dominique Maingueneau e Tiphaine Samoyault.
O legado criativo de Shakespeare é marcado pela arte da apropriação de obras de seu tempo e de eras passadas, como textos clássicos greco-romanos, mitologias, escritos medievais e renascentistas e outros. Ele inseriu em seus escritos inúmeros intertextos oriundos de múltiplas fontes, entre eles centenas de referências bíblicas. O presente artigo examina as tessituras bíblicas que permeiam a tragédia shakespeariana de Macbeth. O objetivo é evidenciar que o dramaturgo incorporou várias passagens e temas que encontrou na Bíblia. Por meio do método analítico-comparativo, o artigo mostra como Shakespeare realizou tais apropriações e como conseguiu contextualizá-las e ressignificá-las. Os principais recursos intertextuais usados por Shakespeare em seu processo escritural, tais como a citação, a alusão e a analogia, foram explorados à luz de considerações críticas teorizadas por Mikhail Bakhtin, Dominique Maingueneau e Tiphaine Samoyault.
Downloads
References
BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética: A teoria do romance. Tradução de Aurora Fornoni Bernardini et al. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2010. 429 p.
_______. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
CAMATI, A. A Importância do contexto histórico. Texto dado em aula. Curitiba: 2014.
DICIONÁRIO E ENCICLOPÉDIAS INFOPEDIA. Porto Editora. Disponível em:
HAMLIN, H. The Bible in Shakespeare. Oxford Press: Inglaterra, 2013.
HONAN, P. Shakespeare: uma vida. Tradução de Sonia Moreira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
LEÃO, L. de C.; SANTOS, M. S. dos (org.). Shakespeare: sua época e sua obra. Curitiba: Editora Beatrice, 2008. 360 p.
MAINGUENEAU, D. Novas tendências em análise do discurso. 3. ed. São Paulo: Pontes, 1997. 198 p.
MARX, S. Shakespeare and the Bible. Oxford University Press, 2013.
NITRINI, S. Literatura Comparada: História, teoria e crítica. 3. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010.
PLATÃO. Íon (ou sobre a Ilíada, gênero probatório). Disponível em:
SAMOYAULT, T. A intertextualidade. Tradução de Sandra Nitrini. São Paulo: Aderaldo & Rotschild, 2008.
SHAKESPEARE, W. Macbeth. Tradução de Barbara Heliodora. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
_______. Macbeth. Tradução de Manuel Bandeira. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
_______. Macbeth. Disponível em:
The publication Caletroscopio shall retain for a period of three years all authorial rights for works accepted for publication: articles, reviews, translations, etc. Outside this restriction, these works are licenced through Licença Creative Commons-Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Upon expiry of this period, in the event that the author publishes the text, even when making alterations to the original, we would ask authors to include as a footnote, the information that a previous version of the article was published in the Revista Caletroscópio, citing the appropriate references.