Ser ou não ser, eis a questão: a qualificação do nome próprio de pessoa em jornais como indicador da divisão política de espaços discursivos em 1930
Resumen
Nesse trabalho buscamos mostrar a partir de relações discursivas que conferem a possibilidade de nomes próprios de pessoas serem definidos a partir de descrições de valores positivos ou negativos, como formações discursivas podem ser mapeadasno jornalismo de 1930. Para alcançar esse objetivo foram coletados excertos dos jornais Folha do Norte e Gazeta do Norte da cidade de Montes Claros-MG que continham definições de valor axiológico relacionadas aos nomes de quatro políticos em voga nessa década. Tal abordagem mostrou que as qualidades atribuídas a cada um dos quatro políticos analisados variava de acordo com o jornal em que seu nome aparecia, fato que indica que os nomes de pessoas significam a partir da formação discursiva em que são enunciados, sendo a característica mais fundamental desse fenômeno o paradoxo.
Descargas
Citas
AMOSSY, Ruth; BURGER, Marcel. Introduction :La polemique médiatisée.Semen, n.31, p. 7–24, 2011.Disponívelem:<http://semen.revues.org/9072>.
ARNAUD; LANCELOT. Gramática de Port-Royal. 2ª.ed. SãoPaulo: Martins Fontes, 2001.
BOSREDON, Bernard. Modos de ver, modos de dizer- titulação da pintura e discursividade,p.17–38,1999.
CHARAUDEAU, Patrick. O discurso propagandista : uma tipologia. In: MACHADO, IDA LUCIA & MELLO, Renato (Org.). Análises do discurso hoje. Rio de Janeiro: Nova Fronteira (Lucerna), 2010, v. 3, p. 57 – 77. Disponível em: <http://www.patrick-charaudeau.com/O- discurso-propagandista-uma.html>.
DASCAL, Marcel. Types of Polemics and Types of Polemical Moves. In: Dialogue Analysis VI. 1a. ed. Praga: Tubingen, 1998, p. 15 – 33
DUCROT, O; TODOROV, T. Dicionário Enciclopédico das Ciências da Linguagem. 3ª.ed. São Paulo:Editora Perspectiva, 2010.
FREGE, Gottlob. Sobre o sentido e a referência. Lógica e filosofia da linguagem. SãoPaulo: CULTRIX,1978, p.129–158.
FOUCAULT ,Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do saber. 7a. ed. Rio de Janeiro: Editora forense universitária, 2010.
GUIMARÃES, Eduardo. Domínio semântico de determinação. A palavra: forma e sentido.1a.ed. Campinas: Pontes,2007.
KERBRAT-ORECCHIONI, Catherine. Le discours polémique. Presses Universitaires de Lyon, p.1–27,1980.
KERBRAT-ORECCHIONI, Catherine. La enunciación de La subjetividad em El lenguaje.3. ed. Buenos Aires: GRAFICA GUADALUPE, 1997.
KOCH, Ingedore. A referenciação como atividade cognitivo-discursiva e interacional,
Cad.Est.Ling, Campinas, n. 41, p. 75–89, 2001.
MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso. 3a.ed. Campinas: Pontes, 1997.
ORLANDI, Eni. Análise do discurso: princípios e procedimentos. 8a.ed. Campinas: Pontes, 2009.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso. 4a.ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.
PERELMAN, Chaim. Tratado de argumentação: a nova retórica.5ª.ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes,2005.
REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos essenciais. 1a.ed. São Carlos:Editora Claraluz,2005.
La Revista Caletroscópio detendrá, por un periodo de tres años, los derechos autorales de todos los trabajos aceptados para publicación: artículos, reseñas, traducciones, etc. Salvo esa restricción, los trabajos están licenciados con la Licencia Creative Commons – Reconocimiento – NoComercial – SinObraDerivada 4.0 Internacional. Después de ese tiempo, caso el autor publique el texto, aunque sean hechos cambios en el original, se solicita que sea incluida, en nota a pie, la información de que una versión anterior del artículo fue publicada en la Revista Caletroscópio, presentando las referencias adecuadas.