Whisky duplo ou cerveja?
Tensões do masculino em “Stress”, de Lília Momplé
Resumen
Questões a respeito do que definiria o homem e a mulher como entidades ontológicas fundamentalmente distinguíveis entre si ou sobre quais seriam os traços constitutivos daquilo que usualmente denominamos de masculinidade e feminilidade apareceram com frequência ao longo da história da humanidade, em paisagens e contextos os mais variados. No presente estudo, aproximamo-nos dessa vasta tradição discursiva ao propor uma leitura das relações de gênero dramatizadas no conto “Stress” (1997), de Lília Momplé. Acreditamos que o cenário esboçado pela escritora moçambicana na narrativa em questão consegue desvelar uma série de nuances da construção social da masculinidade de modo geral e, mais especificamente, das configurações particulares que esse construto sócio-histórico angariou no solo moçambicano, espaço profundamente marcado pela violência colonial e pela desordem (pós)moderna. Como suporte para nossa argumentação, evocamos o arcabouço teórico do feminismo e da teoria de gênero, com ênfase especial nos trabalhos de Raewyn Connell (1987; 2005a; 2005b).
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Citas
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