Da tragédia ao romance: Os Maias (1888) de Eça de Queirós e a descrição do espaço como alegoria trágica

  • Alexandre Agnolon Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Letras
Palavras-chave: Os Maias, Tragédia Antiga, Romance, Ékphrasis, Alegoria

Resumo

O presente artigo tem como objetivo principal discutir, a partir da ékphrasis do casarão da família Maia, presente no início do romance Os Maias (1888) de Eça de Queirós, elementos que, estruturantes, convertem o espaço em alegoria que não somente é capaz de mimetizar o caráter das personagens, mas sobretudo, oráculo que é, figurar seu destino, especialmente dos protagonistas do romance português. É nosso intento demonstrar, pois, particularmente na descrição do espaço, a sobrevida de elementos típicos da tragédia antiga no romance de Eça de Queirós, entendidos como fundamentais para sua carga significativa. 

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Biografia do Autor

Alexandre Agnolon, Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Letras
Alexandre Agnolon é Professor Adjunto de Estudos Clássicos do Departamento de Letras do Instituto de Ciências Humanas e 
Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Possui Graduação em Letras (2003), com habilitação em Português/Latim, Mestrado (2007) e Doutorado (2013) em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP).

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Publicado
2018-09-20
Seção
Artigos - Dossiê