O gênio kantiano e o caráter inesgotável da arte

  • Nathan M. A. Teixeira
Palavras-chave: Kant, Gênio, Criação artística, Ideias estéticas, Belas artes

Resumo

No § 46 da Critica da faculdade do juízo, ao tratar da beleza artística Kant afirma ser característico do artista o talento de genialidade. Segundo o autor, tal talento seria algo que lhe é natural e que por meio do qual a arte adquiriria uma nova regra sem a necessidade de guiar-se por modelos prescritivos; tendo como consequência a afirmação de que belas artes necessariamente devem ser vistas como artes do gênio. Posteriormente, no § 49, Kant atribui ainda ao gênio a capacidade de expor nas suas obras aquilo que este chama de Ideias Estéticas, sendo estas também obtidas pelo artista de maneira natural e tendo como característica principal a possibilidade de não serem completamente incluídas em um conceito. Desta forma, a proposta do presente texto consiste em mostrar que é por meio da apresentação das Ideias Estéticas que o artista dotado de genialidade confere à sua obra: liberdade em relação a regras prévias e a inesgotabilidade de significados, justificando a necessidade que Kant afirma existir entre belas artes e genialidade.

Publicado
2014-06-30
Seção
Artigos