A falácia naturalista na metaética contemporânea: usos e equívocos
Resumo
Será realizada uma análise da falácia naturalista conforme Moore e sua relação com Hume para clarifica-la e atualiza-la na lógica formal contemporânea, que denunciará seus limites na metaética atual. Identificarei as origens da expressão falácia naturalista em Moore e refinarei seu significado e uso, contrastando-a com o argumento da questão-em-aberto e a Lei de Hume. Sua aplicação é identificada em quatro aspectos: invalidamente enquanto argumento da questão-em-aberto por não estabelecer uma relação metafísica e prover falsos cognatos, e validamente como erro categorial, erro de identificação equivocada e erro inferencial; este último relacionável com a Lei de Hume como um erro procedimental de argumentação. Breves aplicações evidenciam os limites da falácia naturalista em que contraditoriamente não é uma falácia salvo por apenas um de seus usos, assim como não refuta todas teorias naturalistas (como hedonistas e utilitaristas) além de ser agumento em prol de algumas (como as não-cognitivistas).
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