A crítica ao antropomorfismo nos Diálogos de Hume

  • Tiago Everaldo da Silva UFOP
  • Sérgio Ricardo Neves de Miranda Universidade Federal de Ouro Preto

Resumo

O propósito deste trabalho é apresentar as críticas de Demea e Filo ao antropomorfismo de Cleantes nos Diálogos sobre a Religião Natural de Hume. Primeiramente, avaliaremos se a alternativa antropomórfico-naturalista será capaz de nos mostrar a necessidade de um ser super agente inteligente para justificar a ordem natural. Em seguida, avaliaremos as críticas de Filo com base no princípio de causa e efeito. Estabeleceremos que (i) a alternativa antropomórfico-naturalista macula a imagem de Deus e (ii) o curso natural parece prescindir da hipótese antropomórfico-teísta. Em decorrência disso, veremos se a alternativa naturalista de Filo para a explicação da origem e regularidade do funcionamento do universo chegará a bom termo.

Palavras-chave: Hume, Naturalismo, Antropomorfismo, Teísmo abraâmico, Argumento do desígnio, e Teologia natural.

Biografia do Autor

Sérgio Ricardo Neves de Miranda, Universidade Federal de Ouro Preto

Possui mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado em Filosofia pela Universidade de Bielefeld (2006). Atualmente é professor associado do Departamento de Filosofia na Universidade Federal de Ouro Preto. Áreas de interesse: Epistemologia, Metafísica e Filosofia da Religião.

Publicado
2021-03-08
Como Citar
Silva, T. E. da, & Miranda, S. R. N. de. (2021). A crítica ao antropomorfismo nos Diálogos de Hume. Fundamento, (20), 98-120. Recuperado de https://periodicos.ufop.br/fundamento/article/view/4614
Seção
Artigos