Uma teoria platônica do amor?
Gregory Vlastos e o Banquete de Platão
Resumo
Existem hoje dois grandes paradigmas na interpretação dos filósofos antigos: o analítico e o estrutural. Apesar de suas particularidades, eles coincidem em considerar que a filosofia é sobretudo uma questão de teses, argumentos e discurso, o que os leva a ignorar aspectos extra-discursivos dos textos. Mas, se a filosofia antiga é também, como apontou Pierre Hadot, um modo de vida, esse tipo de leitura terá suas limitações. Busco aqui considerar essas limitações a partir de uma discussão da tese de Gregory Vlastos de que haveria, no Banquete(e em outros diálogos), uma teoria platônica do amor, defendendo que esse diálogo não é um tratado sobre o amor, mas um texto protréptico sobre a filosofia e o papel que o amor tem em sua jornada.
Publicado
2021-03-09
Como Citar
Brandão, B. (2021). Uma teoria platônica do amor? Gregory Vlastos e o Banquete de Platão. Fundamento, (21), 1-14. Recuperado de https://periodicos.ufop.br/fundamento/article/view/4773
Seção
Artigos