A crítica de Pierre Bayle à superstição
Abstract
A superstição é definida por Pierre Bayle em diversos momentos de sua obra como: a) como algo característico da corrupção natural humana; b) como a prova da facilidade do homem em se ater às mais diversas crendices, logo estando sujeito não só a uma, mas a todo tipo de superstições; c) como o fenômeno que se instaurou e se disseminou na sociedade, perseguindo a todos e gerando ilusões por toda parte através de presságios, profecias, prodígios, e sinais. Nesse quadro de diversas e intangíveis absurdidades que a superstição ganha forma, indo para além dos domínios da razão e assim, torna-se manifesta a sua oposição à filosofia, através das dicotomias entre o entendimento e a imaginação e entre as explicações científicas e os relatos fabulosos.