Considerations on the use of biology as a dialectical argument in Aristotle’s politics
Abstract
Abstrato: o uso de argumentos biológicos na teoria política de Aristóteles será colocado em debate neste artigo. Por um lado, alguns autores defendem que um naturalismo biológico seria o fundamento da teoria política aristotélica. Por outro, existe o argumento a favor de que a biologia deve ser desconsiderada da teoria política de Aristóteles, pois o caráter prático de tal ciência seria devido à razão e o discurso (logos) humanos. Uma possível solução seria a proposição de que o principal método de apresentação dos tratados aristotélicos seria o dialético e não o lógico. A dialética, ao se valer de princípios gerais aplicáveis a várias ciências, atingiria conclusões que não possuiriam o rigor demonstrativo da lógica, mas seriam suficientes para lidar com os problemas contingentes da filosofia prática.
References
ARISTÓTELES. 2005. Analíticos Anteriores. São Paulo: Edipro.
ARISTÓTELES. 2005. Analíticos Posteriores. São Paulo: Edipro.
ARISTÓTELES.1979. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural.
ARISTÓTELES. 2006. História dos Animais – Livros I-VI. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda.
ARISTÓTELES. 2005. Metafísica. 2ª Edição, São Paulo: Edições Loyola.
ARISTÓTELES. 2010. Partes dos Animais. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda.
ARISTÓTELES. 1998. Política. Lisboa: Vega.
ARISTÓTELES. 2005. Tópicos. São Paulo: Edipro.
ARISTOTLE. 1935. Eudemian Ethics. London. Cambridge, Massachusters: Harvard University Press.
ARISTOTLE. 1965. Historia Animalium - Books I - III. Cambridge, Massachusters, London: Harvard University Press.
ARISTOTLE.1936. Nicomachean Ethics. London, Cambridge, Massachusters, Harvard University Press.
ARISTOTLE. 1959. Politics. 4ª Edição, London, Cambridge, Massachusters: Harvard University Press.
ARISTOTLE. 1957. On the Soul. 2ª Edição, London, Cambridge, Massachusters: Harvard University Press.
ARNHART, L. 1994. The Darwinian Biology of Aristotle's Political Animals. American Journal of Political Science, Bloomington, Vol. 38, Nº 2, p. 464-485, Maio de 1994.
BERTI, E. 2010. A Concepção Aristotélica de Dialética Também se Desenvolve? In: PERINE, M. Novos Estudos Aristotélicos I - Epistemologia, Lógica e Dialética. São Paulo: Edições Loyola.
BERTI, E. 2002. As Razões de Aristóteles. 2ª Edição, São Paulo: Edições Loyola.
BERTI, E. 2010. O Uso Científico da Dialética de Aristóteles. In: PERINE, M. Novos Estudos Aristotélicos I - Epistemologia, Lógica e Dialética. São Paulo: Edições Loyola.
BERTI, E. 2014. ΦΡΟΝΗΣΙΣ e Ciência Política. In: PERINE, M. Novos Estudos Aristotélicos III – Filosofia Prática. São Paulo: Edições Loyola.
BOURGEY, L. 1955. Observation et Expéricence chez Aristote. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin.
BRUNSCHIWIG, J. 2023. O Objeto e a Estrutura dos Segundos Analíticos Segundo Aristóteles. In: IGLÉSIAS, M & FRANCO, I. F. Estudos e Exercícios de Filosofia Grega. São Paulo: Edições Loyola.
COOPER, J. M. 1993. Political Animals and Civic Friendship. In: BADHWAR, N. K. Friendship: A Philosophical Reader. Ithaca and London: Cornell University Press.
EAST, S. P. 1958. De la méthode en biologie selon Aristote. Laval théologique et philosophique, V. 14, Nº 2, 1958, p. 213-235. https://doi.org/10.7202/1019967ar, data de acesso: 25 de Abril de 2024.
GUÉROULT, M. 1963. Logique, Argumentation, et Histoire de Philosophie chez Aristote. La Théorie de l’Argumentation: Perspectives et Aplications. Louvian/Paris, V. 6, Nº 21-24, p. 431-449, Dezembro de 1963.
IRWIN, T. H. 2002. Aristotles’s Frist Principles. Oxford, Clarendon Press.
KEYT, D. 1991. Three Basic Theorems in Aristotle's Politics. In: KEYT, D. & MILLER, F. D. A Companion to Aristotle's Politics. Oxford: Blackwell.
KULLMANN, W. 1980. Der Mensch als Politisches Lebewesen bei Aristoteles. Hermes, Stuttgard, 108(3), 419-443. http://www.jstor.org/stable/4476177, data de acesso: 25 de Abril de 2024.
LENNOX, J. G. 1987. Divide and Explain: The Posterior Analytics in Practice. In: GOTTHELF, A & LENNOX, J. G. Philosophical Issues In Aristotle's Biology. Cambridge, New York, Melborne, Sydney: Cambridge University Press.
MULGAN, R. G. 1974. Aristotle’s Doctrine That Man Is a Political Animal. Hermes, 102(3), 438-445. http://www.jstor.org/stable/4475868v, data de acesso: 25 de Abril de 2024.
PELLEGRIN, P. 1986. Aristotle’s Classification of Animals: Biology and The Conceptual Unity Of The Aristotelian Corpus. Berkley, Los Angeles, London: University of California Press.
PELLEGRIN, P. 2015. Is Politics a Natural Science? In: LOCKWOOD, T. & SAMARAS, T. Aristotles’s Politics: A Critical Guide. Cambridge, Cambridge University Press.