O antigo cruzeiro do arraial Curral Del Rel e a nova capital
Resumen
A proposta apresentada para este artigo foi pesquisar sobre uma região de Belo Horizonte onde havia um Cruzeiro, desde a época do antigo arraial Curral Del Rei. Essa região, atualmente, é ocupada pela Praça Milton Campos, cruzamento entre duas importantes avenidas da capital mineira: Contorno e Afonso Pena. Como foco deste texto escolhemos o Cruzeiro para desenvolver algumas reflexões sobre a história, o significado, a iconografia e a importância desse monumento para a cidade. Para isso, vamos buscar como referencial teórico a bibliografia clássica sobre o tema e as análises desenvolvidas pelo filósofo Michel Serres em sua obra O Mal Limpo: poluir para se apropriar?Além disso, recorremos às fontes iconográficas (pinturas, fotografias) e textuais produzidas, especialmente, pela Comissão Construtora da Nova Capital e que compõem os ricos acervos do Arquivo Público Mineiro, da Cidade de Belo Horizonte e do Museu Abílio Barreto. Essas fontes já foram digitalizadas e estão disponíveis na Web. Devemos destacar, especialmente, como referência fundamental, a obra clássica Belo Horizonte: Memória Histórica e Descritiva do historiador Abílio Barreto, publicada e editada pela primeira vez em 1928. A presença desse símbolo cristão deu o nome de Cruzeiro a um dos bairros dessa área, que na sua origem ocupava a 1° seção Suburbana e da Ex-Colônia Adalberto Ferraz. Os loteamentos desse bairro tiveram início em 1920. Além do cruzeiro como referência havia, também, próximo a ele, o Reservatório da Serra e o Pendura Saia.