Sonho e embriaguez: o duplo estético nietzschiano em “Verde lagarto amarelo”, de Lygia Fagundes Telles
Palavras-chave:
Duplo, Apolíneo, Dionisíaco, Friedrich Nietzsche, Lygia F. Telles.
Resumo
Este trabalho promove uma análise crítica do conto “Verde lagarto amarelo”, de Lygia Fagundes Telles, texto em que será explorado o tema do duplo a partir da filosofia de Friedrich Nietzsche. A rivalidade entre os irmãos Eduardo e Rodolfo será estudada como uma projeção dos conceitos nietzschianos ligados àquilo que o filósofo chama de metafísica de artista, em que as imagens de Apolo e Dioniso simbolizam dois impulsos artísticos opostos, a saber: o sonho e a embriaguez. Nosso objetivo é expor uma concepção de duplo em que a divisão – ou cisão opositiva −, seja entendida como um método de representação de dois ideais artísticos bem distintos, mas que, apesar de opostos, se fazem complementares, distanciando-se da perspectiva dialética com que o tema do duplo tende a ser estudado e como habitualmente se faz representado literariamente.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
GRIMAL, Pierre. Dicionário de mitologia grega e romana. Tradução de Victor Jabouille. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1993.
KRAUSZ, Luis S. Dioniso. In: História Viva. Sao Paulo: Duetto Editorial, 2003. Coleção Deuses da Mitologia n.4.
LAMAS, Berenice Sica. O duplo em Lygia Fagundes Telles: um estudo em psicologia e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
NIETZSCHE, Friedrich. Crepúsculo dos ídolos: ou como se filosofia com o martelo. Tradução de Renato Zwick. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013.
______. A visão dionisíaca do mundo: e outros textos de juventude. Tradução de Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Maria Cristina dos Santos de Souza. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
______. O nascimento da tragédia: ou helenismo e pessimismo. Tradução, notas e posfácio de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
MELLO, Ana Maria Lisboa de. As faces do duplo na literatura. In: INDURSKY, Freda; CAMPOS, Maria do Carmo Alves de (Org.). Discurso, memória, identidade. Porto Alegre: Sagra-Luzzato, 2000, p. 111-123.
PAES, Carolina Casarin. O apolíneo e o dionisíaco no pensamento de Nietzsche. In: ENCONTRO DE DIÁLOGOS LITERÁRIOS: UM OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE, 2., 2013, Campo Mourão. Anais... Campo Mourão: UNESPAR/FECILCAM, 2013, p. 145-152.
SILVA, Vera Maria Tietzmann. A metamorfose nos contos de Lygia Fagundes Telles. 2. ed. Goiânia: Editora da UFG, 2001.
TELLES, Lygia Fagundes. Meus contos preferidos. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
KRAUSZ, Luis S. Dioniso. In: História Viva. Sao Paulo: Duetto Editorial, 2003. Coleção Deuses da Mitologia n.4.
LAMAS, Berenice Sica. O duplo em Lygia Fagundes Telles: um estudo em psicologia e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
NIETZSCHE, Friedrich. Crepúsculo dos ídolos: ou como se filosofia com o martelo. Tradução de Renato Zwick. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013.
______. A visão dionisíaca do mundo: e outros textos de juventude. Tradução de Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Maria Cristina dos Santos de Souza. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
______. O nascimento da tragédia: ou helenismo e pessimismo. Tradução, notas e posfácio de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
MELLO, Ana Maria Lisboa de. As faces do duplo na literatura. In: INDURSKY, Freda; CAMPOS, Maria do Carmo Alves de (Org.). Discurso, memória, identidade. Porto Alegre: Sagra-Luzzato, 2000, p. 111-123.
PAES, Carolina Casarin. O apolíneo e o dionisíaco no pensamento de Nietzsche. In: ENCONTRO DE DIÁLOGOS LITERÁRIOS: UM OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE, 2., 2013, Campo Mourão. Anais... Campo Mourão: UNESPAR/FECILCAM, 2013, p. 145-152.
SILVA, Vera Maria Tietzmann. A metamorfose nos contos de Lygia Fagundes Telles. 2. ed. Goiânia: Editora da UFG, 2001.
TELLES, Lygia Fagundes. Meus contos preferidos. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.
Publicado
2017-12-30
Edição
Seção
Artigos - Fluxo contínuo
A Revista Caletroscópio deterá, por um período de três anos, os direitos autorais de todos os trabalhos aceitos para publicação: artigos, resenhas, traduções, etc. Fora essa restrição, os trabalhos estão licenciados com a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Após esse tempo, caso o autor publique o texto, ainda que sejam feitas alterações no original, solicita-se que seja incluída, em nota de rodapé, a informação de que uma versão anterior do artigo foi publicada na Revista Caletroscópio, apresentando as devidas referências.