Rádios para todas as vozes

  • Maria Inês Amarante Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA

Resumen

A partir de pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas, propõe-se rever a experiência histórica dos principais meios de comunicação democráticos que floresceram na América Latina - e suas variadas denominações, desde os anos 1940, destacando os mais significativos e que trouxeram uma real mudança nas estratégias de comunicação para o desenvolvimento dos povos, como é o caso das rádios comunitárias. Pretende-se também mostrar iniciativas radiofônicas recentes, como as rádios escolares que surgiram de projetos estabelecidos entre associações comunitárias, o poder público e universidades, estimulando o protagonismo jovem em espaços nos quais se articula a relação entre produtores e receptores numa perspectiva transformadora, bem como as experiências de países vizinhos de incentivo às rádios comunitárias com propostas “alterativas”.

Biografía del autor/a

Maria Inês Amarante, Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA
Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP (2010); Mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo – UMESP (2004); professora adjunta na área de comunicação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA (Rádio e Comunicação Comunitárias) e pesquisadora. Autora do livro "Rádio Comunitária na Escola: adolescentes, dramaturgia e participação cidadã" (Intermeios, 2012); de vários artigos científicos e outras publicações sobre rádio, memória, gênero e comunicação e co-organizadora da obra "África: múltiplos olhares sobre a comunicação", (Intercom, 2013). Pesquisadora do Centro de Estudos da Oralidade – CEO (PUC-SP); do Núcleo de Estudos de Mídia Local e Comunitária - COMUNI (UMESP) e do GP Construções socioculturais da tríplice fronteira: Brasil, Paraguai e Argentina (UNILA). Associada à Intercom e integrante do GP – Rádio e Mídia sonora. 

Citas

AGUILAR, Alejandra. Índios online: uma experiência indígena brasileira de Mídia Cidadã. In: Recortes Brasileiros de ativismo midiático. PEREIRA, Ariane et al. (orgs), Guarapuava: Unicentro, 2010, p. 131-139 (Coleção Conversas Contemporâneas em Comunicação – 3C).

AMARANTE, Maria Inês. Rádio Comunitária na escola: adolescentes, dramaturgia e participação cidadã. São Paulo: Intermeios, 2012.

______. Guerrilheiras da Palavra. Rádio, oralidade e mulheres em resistência no Timor-Leste. Tese de Doutorado em Comunicação e Semiótica, São Paulo, PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2010, 278 p.

_____. As rádios comunitárias na América Latina e a experiência das redes AMARC e ALER. In: Recortes Brasileiros de ativismo midiático. PEREIRA, Ariane et al. (orgs), Guarapuava: Unicentro, 2010, p. 39-56 (Coleção Conversas Contemporâneas em Comunicação – 3C).

______. Rádios comunitárias e transformação social na América Latina. Extraprensa, São Paulo: USP, v. 1, n. 1E, 2010, p. 511-524.

______. O latifúndio do saber: uma lição de vida do MST. Programa radiofônico produzido na ARCOS-CEPOCA para o concurso da AMARC – Direito à Comunicação, 2001 (CD, 20´).

BARBERO, Jésus-Martín. Las mediaciones de los médios em la construcción de cidadania. Revista Arandu, 10-39 enero-abril, 1999, p. 10-12.

BRECHT, Bertolt. O rádio como aparato de comunicação. Discurso sobre a função do rádio. Revista de Estudos Avançados. São Paulo: USP, v.21, n.60, maio/ago. 2007.

DAGRON, Alfonso Gumurcio. Haciendo Olas: Histórias de Comunicación Participativa para El cambio social. New York: The Rockefeller Foundation, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

GEERTS, Andrés; VAN OEYEN, Victor. La radio popular frente al nuevo siglo: estúdios de vigência e incidência. Quito/Equador: ALER, 2001.

GRIMBERT, Máximo Simpson (org). A comunicação Alternativa na América Latina. Petrópolis: Vozes, 1987.

KAPLÚN, Mario. Producción de Programas de radio: el guión, la realización. 1. ed. Quito: CIESPAL, 1978.

MOREIRA, Sonia Virgínia. O Rádio no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1991.

ORTRIWANO, Gisela Swetlana. Rádio: interatividade entre rosas e espinhos. Revista Novos Olhares, São Paulo: ECA/USP, 1998, p. 13-30.

PERUZZO, Cicilia M. K. Conceitos de comunicação popular, alternativa e comunitária revisitados. Reelaborações no setor. Universidad de la Sabana, 2008. Disponível em:

http://palabraclave.unisabana.edu.co/index.php/palabraclave/article/view/1503/1744.

.______. Comunicação Comunitária e Gestão Participativa. KUNSCH, Margarida M. K.; KUNSCH, Waldemar Luis (orgs). Relações públicas comunitárias. A comunicação numa perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007, p. 137-149.

______. Mídia comunitária. Comunicação & Sociedade. São Bernardo do Campo: Póscom-Umesp, n. 30, 1998, p. 141-156.

PUNTEL, Joana T. A Igreja e a democratização da comunicação. S. Paulo: Paulinas, 1994.

ROUQUIÉ, Alain. Introducción al Extremo Occidente. Trad. Rosa Cusminsky de Cendrero, Mexico: Siglo Veintiuno editores, Sa, 1994, p. 20-21.

SILVA, Carlos Eduardo Lins da (coord.). Comunicação, Hegemonia e Contra-Informação. São Paulo: Cortez Editora: Intercom, 1982.

VARGAS LLOSA. A civilização do espetáculo. Uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2013.

VIGIL, José Ignacio López. Manual urgente para radialistas apasionados. Quito, Equador, 1997.

VILLAMAYOR, Claudia; LAMAS, Ernesto. Géstion de la Radio Comunitária y ciudadana. FES - Friedrich Ebert Stiftung, AMARC – Associación Mundial de Radios Comunitárias, 1998. Publicado em VivaLaRadio, 2008. Disponível em:

http://www.vivalaradio.org/gestion-radios-comunitarias/organizacion/05manual-gestion.html

Publicado
2015-07-15
Sección
Artigos