Morte e ressurreição: uma reflexão sobre as adaptações fílmicas "Dom Quixote" e "Hamlet", de Kozintsev

  • Thayane Morais Silva

Resumo

RESUMO

Ao considerar os “400 anos da morte de Shakespeare e Cervantes”, é impossível não associar as obras desses respectivos autores à questão da autoria, tema tão recorrente nos Estudos Literários, amplamente discutido por Barthes Foucault e Agamben. Se passaram 400 anos desde a morte do corpo, e não da morte do legado artístico –é sempre bom lembrar, desses dois escritores.  Entretanto, diante de tantas reproduções técnicas que desencadearam a destruição da aura da obra de arte, propomos estabelecer uma relação entre a morte autoral desses dois autores e os conceitos que Walter Benjamin delineou para esclarecer a situação da obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. A fim de exemplificar como a autoria de Cervantes e de Shakespeare é mortificada a partir de suas próprias obras, iremos investigar duas adaptações cinematográficas, Dom Quixote e Hamlet, ambas dirigidas por Grigori Kozintsev.

PALAVRAS-CHAVE: Shakespeare; Cervantes; Autoria; Reprodutibilidade técnica; Adaptação cinematográfica.

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Biografia do Autor

Thayane Morais Silva
Possui graduação em Letras (2012) e mestrado em Estudos da Linguagem (2016) pela Universidade Federal de Ouro Preto -UFOP. É pesquisadora do Núcleo de Estudos Literários - NEL (Grupo de pesquisa). No mestrado, desenvolveu pesquisas sobre o discurso romanesco e sobre a concepção de romance moderno. Estudou também as ilustrações românticas e pós-românticas de Dom Quixote a partir de métodos semióticos. Tem experiência docente em Educação Básica e em Educação Superior. Desenvolveu projetos de pesquisa acadêmica e de extensão universitária. Possui experiência em revisão de textos e em tradução de textos literários.
Publicado
2016-12-31
Seção
Artigos - Dossiê