Oralidade e memória: o registro audiovisual de A história de Lélio e Lina de Guimarães Rosa

  • Eleni Ferreira de Souza Gonçalves Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Elzira Divina Perpétua Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Resumo

Este trabalho aborda as questões da memória e da oralidade na narrativa de Guimarães Rosa. Adotamos uma análise comparativa entre a novela A história de Lélio e Lina e o respectivo registro oral – em forma de documentário – feito pelos Grupos de Contadores de Histórias de Cordisburgo e do Morro da Garça, em Minas Gerais. Analisamos no texto roseano transposto para o suporte audiovisual o que se mantém em um e outro e verificamos os possíveis efeitos que causam ao leitor e ao espectador. Na transposição, se a memória do texto escrito permanece, os elementos da oralidade e da memória sertaneja adquirem outra dimensão na fala dos narradores. Referenciamo-nos no livro A memória Coletiva, de Maurice Halbwachs, e na entrevista de Guimarães Rosa a Gunter Lorenz, na qual o escritor enfatiza aspectos decisivos de sua escrita, sua relação com a língua e linguagem e sua memória em relação ao sertão.

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Biografia do Autor

Eleni Ferreira de Souza Gonçalves, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Graduanda em Letras, do Departamento de Letras, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, Minas Gerais, Brasil.
Elzira Divina Perpétua, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Professora Adjunta do Departamento de Letras, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, Minas Gerais, Brasil.
Seção
Artigos