Índices linguísticos e para-linguísticos da gestão da emoção e da projeção de ethos no discurso de Marina Silva, no programa Jô 11/2

  • Cláudio Humberto Lessa

Resumen

Estudos têm mostrado como a mídia transformou profundamente a eloquência política: cf. Rubim (2004) e Courtine (2006). Passou-se a adotar uma retórica mar­cada por um estilo dialogado e familiar; valorizam-se mais as imagens e a vida pri­vada dos políticos que suas ideias. Neste artigo, apresento o resultado de uma aná­lise de uma entrevista concedida pela ex-ministra Marina Silva ao apresentador Jô Soares em seu talk show. Observo como a entrevistada busca, por meio de recursos verbais e para-verbais, exercer um controle de suas emoções, fundamentando-se mais em argumentos baseados no logos. Para analisar a diversidade plurissemiótica desse discurso, opero com os conceitos de modalização e modulação abordados por Vion (1992; 2003). Entendo o discurso como uma atividade dialógica de pro­dução textual, determinada por fatores históricos e culturais, sempre relacionada a uma situação de comunicação na qual os sujeitos comunicantes exercem papeis sociais, manifestam posicionamentos, assumem uma atitude ativa e responsiva no processo comunicativo: respondem a enunciados anteriores (interdiscursos) e pro­jetam sua comunicação prevendo destinatários potenciais.

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Publicado
2014-06-23
Sección
Artigos