Os discursos prefaciais acerca do Quixote
Resumen
Neste artigo, analisamos dois prefácios escritos a edições brasileiras do Quixote com o intuito de perceber as interpretações que são feitas sobre o romance. Baseamos nossas análises no estudo sobre a recepção do Quixote no Brasil, realizado pela cervantista Maria Augusta da Costa Vieira. Suas análises podem permitir compreender os tipos de leituras feitas sobre a obra, a saber, um discurso realista, que compreende a questão satírica como central na obra, ou um discurso romântico, que adequa a interpretação a questões exteriores ao contexto da escrita de Cervantes. Conclui-se, portanto, que a realização das análises dos prefácios das edições do Quixote contribui para o enriquecimento de seu estudo crítico, pois não se considera os paratextos elementos menores de um livro, mas se entende que o leitor toma o livro em toda sua materialidade, e os paratextos fazem parte de sua apreensão e influenciam a leitura da obra literária.
Descargas
Citas
_______.Traduzindo histórias. In: BURKE, P.; HSIA, R. P. C. (org). A Tradução cultural nos primórdios da Europa Moderna, São Paulo, UNESP, 2009.
CHARTIER, R. Textos, impressões, leituras. In: HUNT, L. A nova História Cultural, São Paulo, Martins Fontes, 1992.
COBELO, S. Historiografia das traduções do Quixote publicadas no Brasil: Provérbios do Sancho Pança. 2009. 253 f. (Dissertação de Mestrado em Letras), Programa de Pós Graduação em Língua Espanhola e Literatura Espanhola e Hispano-americana, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em:
GENETTE, G. Paratextos editoriais, São Paulo, Ateliê Editorial, 2009.
KORACAKIS, T. A companhia e as Letras: Um estudo sobre o papel do editor na Literatura. 2006, 204 f., (Tese de Doutorado em Literatura Comparada), Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em:
ONÍS, F. de. Prefácio. In: CERVANTES. D. Quixote de La Mancha, Rio de Janeiro, W. M. Jackson Inc. Editores, 1952.
RODRÍGUEZ, M. P. Tras un siglo de recepción cervantina en Brasil: estudios críticos sobre el Quijote (1900-2000). 2007. 254 f. (Tese de Mestrado), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em:
REGUERA, J. M. La huella cervantista americana de la escuela filológica española, Olivar: revista de literatura y cultura españolas, La Rioja, ano 6, no. 6., p. 23-42, 2005 Disponível em:
RUTHERFORD, J. Introdução. In: CERVANTES, M. de. Dom Quixote de la Mancha, São Paulo, Companhia das Letras, 2012.
TORRES, M. H. C. Traduzir o Brasil Literário: Paratexto e discurso de acompanhamento, Tubarão, Copiart, 2011.
VASCONCELOS, S. G. T. Dez lições sobre o romance inglês do século XVIII, São Paulo, Boitempo Editorial, 2002.
VIEIRA, M. A. da C. A narrativa engenhosa de Miguel de Cervantes: Estudos cervantinos e recepção crítica do Quixote no Brasil, São Paulo, Edusp, 2012.
_______. A recepção crítica do Quixote no Brasil. In: _______. (org.). Dom Quixote: A letra e os caminhos, São Paulo, Edusp, 2006.
_______. O dito pelo não dito: paradoxos de Dom Quixote, São Paulo, Edusp, 2015.
La Revista Caletroscópio detendrá, por un periodo de tres años, los derechos autorales de todos los trabajos aceptados para publicación: artículos, reseñas, traducciones, etc. Salvo esa restricción, los trabajos están licenciados con la Licencia Creative Commons – Reconocimiento – NoComercial – SinObraDerivada 4.0 Internacional. Después de ese tiempo, caso el autor publique el texto, aunque sean hechos cambios en el original, se solicita que sea incluida, en nota a pie, la información de que una versión anterior del artículo fue publicada en la Revista Caletroscópio, presentando las referencias adecuadas.