A proficiência do professor de inglês como LE: os documentos oficiais brasileiros e a especificidade da proficiência do professor
Resumen
As Diretrizes Curriculares para os cursos de Letras (DCL) foram publicadas em 2001, assegurando-lhes autonomia na elaboração de seus documentos. Tendo em vista que a atividade de ensinar uma LE insere-se em uma situação específica, exigindo um determinado nível ou níveis de proficiência (FREEMAN et al., 2015), propomos, neste artigo, uma discussão acerca de alguns aspectos da proficiência linguística, da proficiência do professor de inglês como LE, bem como o perfil de proficiência exigido nas DCL. A metodologia combinou a pesquisa bibliográfica, tendo como base os autores da área, que abordam o assunto, e a análise documental tendo por base as DCL. Entre os resultados estão demonstrados que: a proficiência do professor de inglês não é efetivamente levada em consideração pelo texto oficial; e, se por um lado as DCL não trazem especificações em relação à proficiência em LE do professor, por outro, promovem autonomia às instituições de ensino.
Descargas
Citas
BERNARDO, Aline Cajé. O inglês e seu ensino na escola pública: os sentidos atribuídos pelos professores. 2019. 330 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2019.
BORGES, Maria José Alves de Araújo. A formação do professor de língua inglesa: os desafios no desenvolvimento das habilidades de compreensão e produção da oralidade. 2015. 221 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Medida Provisória No 746, de 22 de setembro de 2016.
BRITO, Pedro Augusto Pereira. Análise linguística na formação do profissional de letras inglês. 2016. 236 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR. 2016.
CANALE, Michael; SWAIN, Merrill. Theoretical bases of communicative approaches to second language teaching and testing. Applied Linguistics, v. 1, n. 1, p. 1-47, 1980.
CANALE, Michael. From communicative competence to communicative language pedagogy. In: RICHARDS, J.; SCHIMDT, R. (org.). Language and Communication. London: Longman, 1983.
CATANI, Afrânio Mendes; OLIVEIRA, João Ferreira; DOURADO, Luiz Fernando. Política educacional, mudanças no mundo do trabalho e reforma curricular dos cursos de graduação no Brasil. Educação e Sociedade, v. 22, n. 75, p. 67-83, 2001.
ELDER, Catherine. Performance testing as benchmark for LOTE teacher education. Melbourne Papers in language Testing v.3, n1, p.1-26, 1994.
FREEMAN, Donald; KATZ, Anne; GARCIA GOMEZ, Pablo; BURNS, Anne. English-for-Teaching: rethinking teacher proficiency in the classroom. English Language Teaching Journal v.69, n.2, p.129-139, 2015.
FREEMAN, Donald. The case for teachers’ classroom English proficiency. RELC Journal v.48, n.1, p. 31-52, 2017.
HUTCHINSON, Tom.; WATERS, Alan. English for specific purposes: a learning-centered approach. Cambridge: CUP, 1987. 183p.
HYMES, Dell. On communicative competence. In: PRIDE, J. B.; HOLMES, J. (org.). Sociolinguistics. Harmondsworth: Penguin, 1972.
LLURDA, Enric. On competence, proficiency, and communicative language ability. International Journal of Applied Linguistics, v. 10, n. 1, p. 85-95, 2000.
LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: E.P.U., 2007. 10ª edição.
MOITA LOPES, Luiz Paulo. Oficina de Linguística Aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 2001.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. Por uma linguística crítica: Linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. A geopolítica da língua inglesa e seus reflexos no Brasil: Por uma política prudente e propositiva. In: LACOSTE, Y. (Org.); RAJAGOPALAN, K. A geopolítica do Inglês. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
RICHARDS, Jack C. Teaching English through English: proficiency, pedagogy and performance. RELC Journal v. 48, n.1, p.7-30, 2017.
SCARAMUCCI, Matilde Virginia Ricardi. Proficiência em LE: considerações terminológicas e conceituais. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 36, p. 11-22, 2000.
SHULMAN, Lee. Those who understand knowledge growth in teaching. Educational Researcher. V.15, n.2, p.4-14, 1986.
SILVA, Denize Dinamarque da. A formação da identidade do professor de línguas: experiências, comunidades imaginadas e investimento. 2019. 148 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2019.
STERN, Hans Heinrich. Models of second language learning and the concept of proficiency. Fundamental Concepts of Language Teaching. Oxford: Oxford University Press, 1983.
VAN DRIEL, Jan; BERRY, Amanda. Teacher professional development focusing on pedagogical content knowledge. American Educational Research Association, v. 41, n.1, p26-28, 2012.
La Revista Caletroscópio detendrá, por un periodo de tres años, los derechos autorales de todos los trabajos aceptados para publicación: artículos, reseñas, traducciones, etc. Salvo esa restricción, los trabajos están licenciados con la Licencia Creative Commons – Reconocimiento – NoComercial – SinObraDerivada 4.0 Internacional. Después de ese tiempo, caso el autor publique el texto, aunque sean hechos cambios en el original, se solicita que sea incluida, en nota a pie, la información de que una versión anterior del artículo fue publicada en la Revista Caletroscópio, presentando las referencias adecuadas.