Romance histórico ou história romanceada?
Uma discussão sobre Mariana, de Augusto de Lima Júnior
Resumen
Mariana (1932), quinto livro do escritor mineiro Augusto de Lima Júnior, narra um momento de relevância histórica da primeira cidade de Minas Gerais, marcado por transformações em algumas de suas tradições religiosas e sociais, o que impacta diretamente a trajetória ficcional do protagonista da obra, Eugênio Harden. A trama se passa dez anos antes de sua publicação, em 1922, e apresenta vários elementos que podem ser discutidos em suas páginas no que tange às relações entre história e literatura. Nesse sentido, a partir das discussões de Mikhail Bakhtin (1998) sobre a teoria do romance e de Georgy Lukács (2011) sobre o romance histórico, este artigo tem como objetivo problematizar as relações entre história e literatura presentes na obra Mariana, além de analisar se ela pode ou não ser definida como um romance histórico.
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Citas
BASTOS, Alcmeno. Introdução ao romance histórico. Rio de Janeiro: EdUERJ. 2007.
BIGNOTTO, Cilza Carla. Figuras de autor, figuras de editor: as práticas editoriais de Monteiro Lobato. São Paulo, Editora Unesp, 2018.
GONÇALVES, Tatiana Mol. "Fixar a vida da ilustre cidade": a representação da memória em Mariana, romance de Augusto de Lima Júnior. 2021. 100 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2021.
JAMESON, Fredric. O romance histórico ainda é possível? Novos estudos. São Paulo, n. 77, p. 185-203, março de 2007.
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LIMA JÚNIOR, Augusto de. A Capitania das Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1978.
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SANTOS, Donizeth. O romance histórico e a problemática do distanciamento temporal entre o fato narrado e o período de vida do autor. Línguas & Letras. Vol. 13, nº 25, p. 187-203, 2º sem. 2012.
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