Entrevista a Raul Antelo
Resumo
Raul Antelo foi professor titular de literatura brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina, Guggenheim Fellow e professor visitante nas Universidades de Yale, Duke, Texas at Austin, Maryland e Leiden, na Holanda. Presidiu a Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC) e recebeu o doutorado honoris causa pela Universidad Nacional de Cuyo. Entre as suas diversas produções, destacam-se Crítica acéfala (2008), Maria com Marcel: Duchamp nos trópicos (2010), A máquina filológica (2021) e Inventário de sonhos usados: Goya plagia Didi-Huberman (2022).
Nessa entrevista, gentilmente concedida a Carolina Anglada e a João Vítor Araújo, o intelectual parte da memória das primeiras bibliotecas, onde o encontro com o pathosformel warburguiano traçara algo no corpo e no imaginário do futuro pesquisador: da solução de compromissão que o sintoma representa na esfera subjetiva, incorporada a um modo de leitura por vir, será seu poder de dissolução que agora passa a valer como dispositivo crítico das imagens. Logo, a montagem dessas reminiscências não poderia não dispor o historiador da arte José Pijoan ao lado de García Lorca, traduzido por Drummond. O diálogo, então, avança, do espelho à tela e à escopifilia, da formação à subversão do sujeito, da forma e da fórmula ao pathos, em torno de questões que infinitamente deságuam em outras leituras, como uma dança inesperada entre perguntas e comentários, sempre um passo para além do conhecido. Uma oportunidade singular de ler a persistência pulsional, ao mesmo tempo dissolvente e construtiva, a enredar, em uma fabulosa e rigorosa trama, trajetos indiretos, transmissões invisíveis e a latência da memória.
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