A bengala de Pai Joaquim bate devagar, mas pode doer
as filosofias populares brasileiras através das narrativas de histórias e resistências de tempos de cativeiro
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar o papel social e educativo da narração de histórias da escravidão feitas por pretos e pretas velhas presente nas religiões afro-brasileiras. A história da escravidão em uma perspectiva social feita pela oralidade e pela estética em terreiros afro-religiosos trazem uma compreensão de história e pensamentos que fogem de histórias únicas lineares, da racionalidade moderna, da metafísica e da filosofia, projetando memórias e histórias que através da narrativa popular, educacional e estética fortalecem o interesse coletivo por preservação, pertencimento, manutenção e replicação da ancestralidade em comunidades de terreiro.