No Jardim dos prazeres
o Kepos epicurista e a Atenas helenística (342 a 270 a.C.)
Resumo
Epicuro de Samos (342–270 a.C.) fundou uma doutrina filosófica amplamente difundida no mundo helênico, a qual consistia em aplacar as angústias advindas da ansiedade social isolando-se em contato com a natureza na comunidade-escola, o Jardim ou kepos. A vista disso, objetiva-se neste artigo perscrutar, por meio da análise documental das cartas e máximas de Epicuro e da sua biografia redigida por Diógenes Laércio, as influências do pensamento de Epicuro na produção do Espaço do Jardim, e a relação deste com o centro urbano, a ásty de Atenas. Com o intuito de responder às questões-problema: como os elementos da filosofia epicurista e da “póleis” helenística evidenciam a estrutura espacial, política e social da comunidade-escola? E como o Jardim se relaciona com a cidade de Atenas? Para tal, adotamos as análises de Christian Schmid acerca da teoria lefebvriana do Espaço e da linguagem como referencial teórico. Por fim, obteve-se como resultado dessa pesquisa a Representação do Espaço do Jardim a partir do êthos epicurista, a organização coletiva dessa comunidade e suas profundas simbioses com a urbe ateniense.
Copyright (c) 2025 (ENTRE)LINHAS: Revista do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.