Fahrenheit 451 de François Truffaut

o prazer do fogo e a criminalização dos livros

  • Jason de Lima e Silva Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo

Fahrenheit 451, dirigido por François Truffaut em 1966, produz ainda um efeito tão contemporâneo quanto estranho o suficiente para ser admitido como versão de uma realidade: a reviravolta ética e política pela qual passa a vida de um bombeiro cuja missão é encontrar e queimar livros, como forma de defesa de uma ordem familiar e social. Ficção distópica, já derivada do livro homônimo de Ray Bradbury de 1953, que coloca para nosso tempo algumas perguntas inevitáveis: a que tipo de poderes responde a criminalização dos livros, especialmente quando se trata de livros de literatura e filosofia? O que é possível encontrar nos livros filosóficos e literários digno de admiração e temor ao mesmo tempo? Livros que representam não apenas um artefato cultural, mas a matéria a partir da qual o passado responde ao presente, a imaginação à ação, o pensamento à revolta: contra as mais variadas formas de fascismo vigentes. São alguns das questões que este ensaio pretende enfrentar.

Biografia do Autor

Jason de Lima e Silva, Universidade Federal de Santa Catarina
Graduação em Direito (UFSC), mestrado e doutourado em Filosofia (PUCRS), professor desde 2010 da área Ensino de Filosofia do Departamento de Metodologia de Ensino do Centro de Ciências da Educação (UFSC)
Publicado
2021-03-08
Como Citar
de Lima e Silva, J. (2021). Fahrenheit 451 de François Truffaut: o prazer do fogo e a criminalização dos livros. Fundamento, (20), 41-74. Recuperado de https://periodicos.ufop.br/fundamento/article/view/4597
Seção
Artigos

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