Sobre o horror em Goya:
Caprichos e Desastres da guerra
Resumo
Francisco de Goya é um artista cuja obra tem inquietado uma geração de poetas e pensadores. A série de gravuras, no entanto, inaugurada pelos Caprichos em 1799, representa uma guinada fundamental no percurso estético de Goya. Com base no conceito de horror, circunscrito pelas noções de fantástico e grotesco segundo a figura do monstro, penso ser possível não apenas compreender uma parte decisiva de sua obra, mas levantar algumas questões: não estaria o juízo de gosto, na arte deste aragonês, mais próximo de um desprazer interessado do que de um prazer desinteressado? Ou, neste caso, restaria apenas o riso do cômico e o deleite do abjeto? E se o prazer estético se encontrar interditado na representação pela experiência impactante do horror, haveria ainda obra de arte propriamente dita? Por fim: como e por que muitas dessas imagens não agradáveis de Goya produzem um efeito que compromete seu espectador? São alguns problemas que pretendo colocar neste artigo.
palavras-chave: horror, grotesco, fantástico
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Referências
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